sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

As pessoas passam a primeira metade da vida dizendo "sou jovem demais pra isso" e a segunda metade dizendo "sou velho demais pra isso". As pessoas não erram porque querem. Elas erram porque não sabem fazer certo... Tenho refletido muito sobre muita coisa, e algumas coisas têm se tornado claras pra mim. Seguir nossa alegria, escutar nosso coração. Desapegar. Já perceberam que quando uma pessoa faz o que gosta e o que se identifica com todo o coração a energia que ela libera pro mundo modifica positivamente as pessoas ao seu redor? Não é a meta, é a jornada. Não é o objetivo, é o caminho. É desfrutar cada momento do caminho. Sentir como se já estivesse. Sendo. Olhe onde você está agora. É o verdadeiro reflexo do que você foi no passado. Seja lá como queira que seu futuro seja, olhe para o que você faz AGORA."

Hoje é dia de se ter alegria na vida. Seja dançando, ou calando, ou falando, ou ouvindo. Seja como for.... é o caminho. Sempre o caminho. Só.
Eu sinceramente não sei definir se 2011 foi bom ou ruim pra mim, como a maioria das pessoas faz, sabe? Uma coisa é certa: ele foi CHEIO de altos e baixos, mas cheio mesmo. Acho que assim é melhor, ver que ninguém vive em castelinho dos sonhos e sim, eu duvido friamente de quem diz que só teve felicidade no ano que está acabando. Quié, virou Barbie e não me avisou? Não tem muita lógica ser tão feliz em um mundo com tanta desgraça, sem contar nossos problemas pessoais. Acorde, até suas decepções te fazem quem você é, então pare de rejeitá-las. No ano que tá acabando eu  eu senti saudades, me afastei de muita gente, descobri que tanta falsidade me cerca que até desanimei, passei a sair sozinho e depender cada vez menos das pessoas. Eu conheci gente nova e também achei de ia desencalhar, mas continuo solteiro e dramático, aguentem tá? Em 2011 minha mãe e eu brigamos infinitas vezes, também fui a shows legais e me diverti muito, dancei menos do que queria, mas isso eu resolvo em 2012. Entre trancos e barrancos eu aprendi muito, li poucos mas bons livros, vi muitos filmes e sorri muito, de tudo, de mim, dessa vida louca que a gente leva. Viver não é ser feliz sempre, não mesmo, as melhores lições a gente aprende com as decepções, as perdas e as pessoas mais mesquinhas. É sério, se você ainda não sabe disso, não se preocupe, um dia vai saber e vai lembrar que eu avisei. Também espero que lembre que vai doer, mas que as lições que sairão de lá são bem importantes pra sua vida. Planos pra 2012 eu tenho, como qualquer outro mortal, e quero muito realizá-los, sendo assim a palavra de ordem é FOCO. Enquanto eu foco nas minhas metas daqui, eu espero que vocês aí consigam realizar seus desejos também.

Feliz 2012 pra todos nós.
Eu tenho que ser eu. Você tem que ser você. Por mais estranho, maluco, curioso e engraçado que isso seja.
Não gosto muito de quem mostra ser o que não é. Mesmo porque uma hora a cortina fecha. Uma hora o show termina. E a gente tem que fazer malabarismo para manter a pose, para não errar o tom. É difícil viver o tempo todo nessa corda bamba. Eu não consigo. Deve ser por isso que as pessoas gostam ou não gostam de mim. Nunca vi alguém dizer que gosta de mim mais ou menos. Ou eu agrado ou incomodo as pessoas com meu jeito. É que meu jeito é bem diferente. Se eu gosto fica carimbado na minha cara. E se eu não gosto fica estampado no meu rosto e na minha cara de nojo. Não sei forçar uma cara boa. Quem convive comigo sabe direitinho quando tem algo entalado na minha garganta. Já quem não me conhece jamais desconfia. É que, apesar de verdadeiro, sou irônico. Tento rir das coisas, de mim, das minhas mancadas. Tiro onda da minha própria cara. E olha que me dou sérios motivos para isso.
Acho que está faltando um pouco de verdade nesse mundo. Falta fé. Falta você acreditar que pode agradar o outro sendo quem é. Sem ter que fazer mágica, já que a mágica está em poder viver bem consigo mesmo. E só.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Quanto mais timidez alguém demonstrar conosco, maior é o nosso orgulho em estimula; quanto mais respeito ela tiver por nossa resistência, mais respeito exigimos dela. De boa vontade diríamos a vocês: 'Ah, por piedade, não nos suponham tão virtuosos; estão nos forçando a sermos virtuosos demais'

"Ninguém nasce tímido; a timidez é uma proteção que desenvolvemos. Se nunca esticarmos o pescoço  para fora, se nunca tentarmos, jamais teremos que sofrer as consequências do fracasso ou do sucesso. Se somos gentis e discretos ninguém ficará ofendido -- de fato, vamos parecer santos e agradáveis. Na verdade, pessoas tímidas são autocentradas, obcecadas pela maneira como as pessoas as veem, e não são nada santas. E a humildade pode ter usos sociais, mas é mortal na sedução. Você precisa ser capaz de bancar o santo humilde às vezes; é uma máscara que se coloca. Mas, na sedução, livre-se dela. A ousadia é estimulante, erótica e absolutamente necessária para levar a termo uma sedução. Usada corretamente, ela informa a seus alvos que eles fizeram você perder todos os seus constrangimentos normais, e que você está lhes dando licença para fazer o mesmo. As pessoas estão doidas para ter uma chance de dar expressão aos aspectos reprimidos de suas personalidades. No estágio final de uma sedução, a ousadia elimina qualquer mal-estar ou dúvida. Numa dança, duas pessoas não podem conduzir. Uma delas assume, levando a outra. A sedução não é igualitária; não é uma convergência harmônica. Conter-se no final por medo de ofender, ou pensar que é correto dividir o poder, é a receita do fracasso. Esta não é uma arena para se praticar política, mas, sim, o prazer. A iniciativa ousada pode ser do homem ou da mulher, mas ela precisa acontecer. Se você estiver tão preocupado com o outro, console-se com a ideia de que o prazer daquele que se rende com frequência é maior do que o do agressor."

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011


É estranho escrever sobre coisas que a gente não sente. Preciso descobrir esse novo lugar dentro de mim onde eu possa sentir como personagem não como um menino que vive a história. Queria escrever sobre tantas coisas, mas é que sempre que eu penso no que eu vou dizer e acabo pensando se não exponho demais as pessoas e os seus sentimentos... os meus, principalmente. Meus textos nesse blog não constituem minha biografia, constituem as minhas visões... de passado, de presente, de futuro, de planeta, relações e sentimentos... É que parece que o texto nunca fica bom se eu não me jogar inteiro nele. Escrevi uma reflexão esses dias, mas tinha ficado tão minha, tão tão minha, que achei que ainda não era a hora... de expor, sabe? E talvez nunca seja... O mistério seduz, encanta e quem escreve tanto quanto eu escrevo, se se expusesse sem um filtro só poderia, bem daqui a pouco, ter da vida o que houvesse de incrivelmente mais sem graça. Tenho meus véus, meus esconderijos, meus recolhimentos... mesmo que textualmente eu os reinvente e os esvaneça.


Este blog sou eu, mesmo que haja tanta gente que confunda.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Amando incondicionalmente

Há uma chama acendendo no meu coração. Chegando num ponto de febre, está me tirando da escuridão. Finalmente eu posso vê-la clara como um cristalVá em frente e me abandone, eu aguentarei suas merdas. Veja como eu a deixo com cada pedaço seu. Não subestime as coisas que eu vou fazer. Há uma chama acendendo no meu coração. Chegando num ponto de febreE está me tirando da escuridão. As cicatrizes do teu amor me fazem lembrar de nós. Me fazem pensar que nós tinhamos quase tudo
Nós poderíamos ter tido tudoAmando incondicionalmente. Você teve meu coração na palma de sua mão. E você brincou com ele De acordo a batida
Querida, não tenho nenhuma história a ser contadaMas ouvi uma das suasE eu vou fazer a sua cabeça queimar. Pense em mim nas profundezas do seu desespero
Jogue sua alma em cada porta aberta Conte suas bênçãos para encontrar o que procura Transformou minha tristeza em ouro precioso Você me paga de volta em bondade e colhe aquilo que semeou Nós poderíamos ter tido tudo Nós poderíamos ter tido tudo Tudo, tudo tudo

Eu ouvi dizer que você está estabilizada

Que você encontrou um garoto e está casada agora
Eu ouvi dizer que os seus sonhos se realizaram
Acho que ele lhe deu coisas que eu não dei
Velha amiga, por que você está tão tímida?
Não é do seu feitio se refrear ou se esconder da luz
Eu odeio aparecer do nada sem ser convidado
Mas eu não pude ficar longe, não consegui evitar
Eu tinha esperança de que você veria meu rosto
E que você se lembraria
De que pra mim não acabou
Deixe para lá, eu vou achar alguém como você
Não desejo nada além do melhor para vocês dois
Não se esqueça de mim, eu imploro
Vou lembrar de você dizer:
"Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere"

Às vezes o amor dura, mas, às vezes, fere, é

Você saberia como o tempo voa
Ontem foi o momento de nossas vidas
Nós nascemos e fomos criados numa neblina de verão
Unidos pela surpresa dos nossos dias de glória
Nada se compara, nenhuma preocupação ou cuidado
Arrependimentos e erros, são feitos de memórias
Quem poderia ter adivinhado o gosto amargo
Que isso teria?

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Já nem vejo a cor,
Do meu rosto nessa solidão.
O que vejo em mim,
São fantasmas em meu coração.
E não parei mais de fumar,
Nas noites sem dormir.
E quando tento não pensar,
Fico pensando em ti.
E não me atrevo a começar,
A te esquecer enfim
Porque me assusta decifrar,
O que há por trás de mim.

O que há por trás
De uma lágrima
O que há por trás
Do que eu não sei lidar
O que há por trás
Desse nosso adeus
O que há por trás
Do amor que acabou
O que há por trás

Posso ver e sentir,
As lembranças te guardando em mim.
Posso ver bem daqui,
Minha sombra, tua sombra em mim.
"Surdo o coração doía sintonizado com o espinho. Melodrama: nem amor, nem trabalho, nem família, quem sabe nem moradia — coração achando feio o não-ter. Abandono de fera ferida, bolero radical. Última das criaturas, surto de lucidez. Disfarçado, comecei a chorar. Troquei os óculos de lentes claras. Resplandecente de infelicidade, tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto que alguém me salvasse do pecado"

Mas é realmente difícil essa coisa de ligar e dizer “olha, hoje eu não ando bem, me ajuda?”. Ah, eu não sei fazer isso direito até hoje! Em parte porque acho que me cobro demais em estar bem. Quer dizer, a peteca cai, mas o dia todo também não dá, entende? Uma reação contra a vida também é responsabilidade minha. Entretanto, se você diz que acha - apenas acha - que não está bem, eu logo trato de resolver a sua vida, não importa o que está acontecendo ou o peso da “peteca”. Eu só não sei pedir ajuda, mas eu ajudo. Não sei chamar, ocupar o tempo do outro, mas é inevitável: eu também necessito de ajuda. Os meus olhos dizem isso, não dizem? Eu quero aprender a ligar, a pedir, a chamar. Eu também preciso

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hoje li uma frase que ficou ecoando, ecoando e me fez lembrar dela... "Tudo que tem um começo, tem um fim. Faça as pazes com isso e você ficará bem."
Eu realmente acredito nisso... espero que você também possa acreditar. "Faça as pazes com isso e você ficará bem."


Tem umas duas semanas que meu guarda-roupa me olha. Gritando. Cada peça fora do lugar, cada roupa amassada me mostra que a minha falta de organização repercute em outras instâncias da minha vida. A bagunça toda me incomoda, mas - exatamente porque sei o trabalho que me dará colocar tudo no lugar - sou preenchido pela mais profunda apatia. E vou adiando.... adiando. Se eu resolvesse resolver, seria tudo mais simples. Por onde é que a gente começa as coisas, hein? Se não for pelo princípio? Acho que essa reflexão serve pra tanta coisa na vida... Nosso tempo nunca vai sobrar pra coisa alguma. É sempre a gente que prioriza o que é mais importante aqui e ali e oferece pacificamente entregar a isso todos os nossos minutos. Não existe isso de "estou sem tempo". Temos tempo todos os minutos, todos os dias para o que quer que seja. Temos tempo para aquilo que a gente prioriza. A verdade é bem essa. Damos o nosso tempo àquilo que nos importa mais. E, se por algum motivo estúpido, não estivermos fazendo isso, estamos desperdiçando é a vida. 

nós não temos chances infinitas de conseguir o que queremos. E disso eu sei... nada é pior do que perder uma oportunidade que poderia ter mudado sua vida."


Dizer que este dia pode ser o nosso último é o óbvio. Ele pode. E, se fosse, será que a gente teria vivido nossas últimas semanas exatamente da mesma mesma maneira? Teríamos dedicado nosso tempo às mesmas coisas? Realizado nossos horários de almoços, nossas cestas, nossas noites, madrugadas... da mesma forma?  Sou muito exigente comigo às vezes. E morro de medo. Medo de coisas estúpidas. Medo de arrumar cada peça no lugar no meu armário e descobrir que nem tenho tanta coisa. Ou que tenho muito mais do que eu pensava.  [É uma situação típica, em uma época típica... São muitas escolhas...]

(O texto talvez não faça muito sentido, mas é que eu tenho enxergado metáfora em tudo. No armário, na taça de chá vermelho que parece vinho sobre a mesa, no sashimi que não teve absolutamente nenhuma graça quando comi sozinho.
As escolhas são muitas. Mas o que a gente não pode fazer é deixar que elas nos paralisem a vida...  [ou tudo resultará em nada...]

Como na minha metáfora do armário, as peças não irão se ajeitar a menos que A GENTE as ajeite. É dobrar o que puder ser dobrado, pendurar o que puder ser pendurado, jogar fora o que não mais servir pra nada. Ou doar. Fazer isso é respeitar o ciclo da vida. É ar-rejar, dar espaço pro novo, deixar o rio correr... Uma vida parada é como uma poça parada. Um bom lugar para moscas e podridão.


Pode não ser legal ouvir isso. Ou olhar pra isso. Assim. Desse jeito. Mas não tem outro jeito de dizer.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Alguém me escreveu pra me contar que tinha se declarado e não tinha recebido da pessoa por quem nutria uma paixão nem um sim nem um não, mas um "quem sabe..." O email que me enviaram tinha um misto de felicidade e de lamento. Eu queria que existisse uma resposta tão segura  que eu pudesse oferecer estilo "essa pessoa te enrola, parte pra outra" ou "que legal, quem sabe o tempo faz com que as coisas se desenvolvam?", mas sentimentos, escolhas, caminhos nem sempre são simples... (ouso dizer que quase nunca são). Eu sei que a gente tem tanta pressa de mundo, de vida, de tudo que... parece tão injusto simplesmente continuar esperando... Então não sei o que dizer a você. O que eu aprendi com os meus erros é que "Se não há contrapartida, é preciso abdicar desse amor o mais radicalmente possível, para que o sofrimento seja menor." A gente não deve ter é NUNCA vocação pra sofrimento, sabe? O problema da indefinição do outro é do OUTRO, não é seu (por mais que você ame). A gente nasceu para amar, mas para SER AMADO DE VOLTA. Se você alimenta sentimentos por quem não retribui, o que você faz é escolher manter a sua vida estacionada... Parece triste, porque é. E sabe? Eu realmente acredito que você mereça mais que migalhas e promessas de atenção de quem você escolheu amar, mas você também precisa acreditar ou não vai conseguir se desprender... Isso não significa que eu esteja te aconselhando a viver qualquer historinha mais ou menos só para tentar ocupar o buraco da história que se foi... O que a minha vida também me ensinou é que, pra ficar com qualquer coisa, é muito melhor ficar sozinho. A gente aprende a se amar mais, se cuidar mais, ficar mais bonito. E amor é tudo o que eu acho que você merece, sabe?
Não é você que vai curar a insegurança de alguém (a menos que você seja terapeuta dessa pessoa!). Deixa ela ir pro universo, se um dia ela voltar (e você ainda estiver por aí) vocês pagam o que tiverem pra ver. Que 2012 seja o ano das histórias felizes, possíveis... Então nada de começar o ano deprimido porque aquela que você acha que é o amor da sua vida te deixou em "stand by" (isso é coisa de atendente de serviço de telofonia, não de relacionamentos amorosos!). Que o universo traga (mas para isso é preciso não aceitar receber menos) exatamente o que você deseja pra você.
Cá estou eu vivendo um conflito filosófico, lógico, fútil. Quanto é que a gente pode pagar por um sapato sem sentir dor na consciência, hein? O sapato pode custar três vezes o valor do seu vestido de festa? As pessoas morrem de fome, têm problemas, o salário mínimo é mínimo de verdade, que gastar tanto dinheiro em cima de uma coisa que você só vai calcar parece LOUCO, INSANO E SURREAL... mas aí você pensa: eu mereço esse mimo, trabalhei tanto, me esforcei tanto, suei tanto a camisa que poxa! O dinheiro é meu, ganhei honestamente e não devo nada a ninguém. O que me leva a pensar... A gente cuida do corpo, do cabelo, investe em cremes, faz massagem, usa fragrâncias, loções, perfumes maravilhosos e blá, blá, blá... pra abrir o coração pra qualquer idiotinha? Nahhhhhhh!!!... Faça você as suas contas aí e veja quanto dinheiro (e empenho!) tem investido em si mesmo antes de se abrir pra qualquer historinha mais ou menos, viu? Isso sem mencionar o dinheiro (e o tempo!) que você investiu na sua faculdade, na sua pós-graduação, ou naquele curso de fotografia, ou dança, ou sei lá qualquer outra coisa excêntrica, esquisita e interessantíssima que você tenha decidido fazer! risos A gente não é pouca coisa, gente!  e não fomos encontradas na lixeira da esquina, para permitirmos sermos tratados como se nós tivéssemos sido! 
 
(Texto ridículo, mas... Eu brinco assim, mas não é o valor do sapato que é importante, sabe? Ou do creme ou de qualquer outra coisa... gracinhas à parte, é o valor que VOCÊ DÁ A VOCÊ MESMO que é. Fico repetindo isso (pra vocês e pra mim) pra que a gente nunca esqueça e não perca a perspectiva de que precisa se valorizar sempre e cada vez mais...

domingo, 11 de dezembro de 2011

.. e ela mostrou-lhe uma pessoa radiante, com lábios trêmulos, sorridentes, grandes olhos escuros e um ar de quem está a espera de que alguma coisa... divina aconteça. Ela sabia que iria acontecer infalivelmente.

Mas o trecho do livro que deveria servir de prenúncio só confirmou em reflexo que era mesmo solidão o que existia dentro dela... E ela esperou que ele viesse a seu encontro, mas só pra descobrir que esperou mais e de novo. E a mesma frustração veio de uma expectativa que criou sozinha e para si. “Furacões”, ela pensou, “preciso conter furacões”. Quis ampará-la. Quis abraçá-la para conter o seu choro, quis contar uma história. Mas é que algumas coisas a gente aprende mesmo sozinho. Nem é culpa do outro, que não precisava sentir o mesmo que a gente. Quis dizer a ela que as coisas têm seu tempo e que deveria ter calma, mas os precipícios que existiam dentro dela o levaram para sempre e para longe em silêncio. Porque o que ela queria do mundo era algo divino, algo infalivelmente divino. Não a memória distante do que havia sido incrível... um dia.
*

Porque no fundo tudo o que ela ardia era o que aquela tela de computador em silêncio lembrava:

Apesar de todas as paredes que você construiu continuo aqui, você não precisa contar só com si mesma”.

Mas ela estava... Ainda.
Eu sei que poderia ter feito diferente, um pouco mais isso ou aquilo ou sei-lá-quê, mas é que não teria a minha cara... Não teria minha ânsia, não teria minha sede. E a indefinição me assusta às vezes, mas é também ela que me traz a possibilidade de renovação e recomeço...


É a jornada. A jornada é o que nos traz felicidade. Não o destino.É ouvir o coração, ter fé e aproveitar a paisagem. O  resto eu sei que sempre vem por acréscimo. O texto é meu, escrito em algum ponto deste ano. Engraçado olhar pra nossa vida como se fossem quadros, sabe? Sensacional... Sensacional. E a gente se reinventa, se redescobre, se modifica... permanece o mesmo naquilo que enxerga essencial e importante. Viver é uma dádiva, eu não me canso de dizer. Viver é uma dádiva. Deus se move de formas misteriosas e sempre tem razão no que faz. Ele sempre tem.
Ou eu sou muito exigente, ou não existem cada vez mais pessoas menos interessantes no planeta.
 
 Você, pessoa interessante, que tiver vindo parar aqui por acaso... EU TE DESAFIO. Me surpreenda, me retire do tédio, da mesmice, das abordagens ridículas, despropositadas. Você pode encantar qualquer garotinho que não tiver nada na cabeça, mas um cara MINIMAMENTE inteligente dará risadas internas e morrerá de tédio com 3 minutos de conversa. Estude, leia, tenha opinião, e NUNCA, em hipótese alguma, invada o espaço físico de uma pessoa a menos que ela lhe convide. 
É pedir demais do universo? Pois que seja, porque eu não aceito menos do universo
Não gosto quando as pessoas tentam se meter na minha vida com soluções mágicas. Acredito mesmo que a gente só aprende ou não dando cabeçadas na vida. Que a gente só aprende com as próprias experiências. Acredito também que quanto mais a gente vive, menos tolerante se torna. Acredito que as atitudes contam muito mais do que as palavras. Acredito que cidadãos que bancam os bons moços têm muito mais chances de te decepcionar. Acredito que mentira tem perna curta, como dizia minha avó. Acredito que a gente deve conhecer uma pessoa antes de se apaixonar (e não o contrário). Acredito que tudo que vem rápido demais vai embora com a mesma velocidade. Acredito que a gente só tem uma chance na vida de fazer uma grande merda. Acredito que perder a confiança é como quebrar um vaso: você pode até conseguir colar, mas vai ser sempre um vaso colado. Acredito em duendes, gnomos e em papai-noel. Mas não acredito mais em muita coisa. Não mais. Duvido até de mim mesma agora."

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Porque se você hoje ainda estivesse aqui comigo. Eu não posso deixar de pensar no que estaria fazendo, onde estaria e com quem. E eu tento não chorar, porque eu acredito nessa coisa espiritual toda que diz que a gente precisa emanar é só luz e eu não quero prejudicar seu caminho... aí onde você está, nessa sua outra esfera. Você pode ter ido, mas eu ainda te amo. E vou te amar pra sempre. Pra sempre. Infinita e intensamente. E essa época de Natal sempre vai ser meio triste, porque você não está mais aqui...  não existe texto que possa traduzir a falta que você faz. Não existe palavra que possa traduzir a dor que a sua ausência causa e por mais destruído que o caderno possa estar, nessa folha a gente tem a chance de escrever o que quiser, sabe? Pode ser um "foda-se" ou pode ser uma história daquelas bem incríveis, daquelas bem bacanas. Acho que no mundo a gente perde tanto tempo ficando chateado, que tantas vezes nem percebe que reproduz o padrão do caderno antigo e desperdiça as folhas novas? Ah... que Deus nos ajude a perceber que a nossa vida será exatamente aquilo que a gente quiser que ela seja. Felicidade é um sentimento... não é um carro novo, um apartamento maior ou sozinho, férias aqui ou ali. Felicidade é um sentimento... Quem conseguir perceber (e sentir) a grandeza que é receber uma folha branca todo dia, para recomeçar, de novo e de novo, e de novo, é alguém superior à própria sorte... é alguém que quero ser. É alguém que quero ser. Que o dia seja incrível, que as nossas histórias sejam incríveis. Porque Deus sempre quer que elas sejam... =) Ele sempre quer que elas sejam. Mas é sempre nossa a caneta... Ele só nos presenteia com a folha. 
 
Feliz dia novo! 
Que a gente não tenha medo de escrever.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Todo dia escrevo perguntando o que fazer com aquele tal daquele amor não correspondido. Se uma pessoa se acha demais (hipervaloriza o próprio preço), diminua você a quantidade dela demandada! É a Lei da oferta e da procura. Não há mistério! Alguém só continua sendo babaca com você, se você deixa, ok? =\ ... É simples assim. Vê se uma bolsa Louis Vuitton faz você de babaca? Ela só faz, SE VOCÊ PERMITIR E DER ESPAÇO para que ela faça.  As coisas têm o valor, na nossa vida, que a gente dá a elas. Isso vale pra quem deixa alguém que pisa em cima da sua cabeça porque você deixa. Se você conseguir distanciamento suficiente pra perceber que ela não tem valor algum, DESAPARECEU o poder que ela tinha sobre você. SE SINTA!!! Por favor, vá até o espelho AGORA, se olhe do jeito que você merece, valorizando cada pequeno aspecto seu, cada vitória que você já teve na vida, se ame todinho!!!  Deve existir aquela que pensaaaaa que vale suas noites de sono, suas lágrimas, que joga com você, te manipula, mas que está no mesmo nível da "bolsinha" que não merece nem a lixeira da sua casa. Pense nisso.

*
Outro dia eu li: "Em terra de leoa, cachorra não tem vez"... se você é leoa, saiba: a menos que ela seja uma poodle. PARE DE SE COMPARAR. Cachorra não tem vez, a menos que ela seja um poodle. Achei de bom tom completar... risos...Em tempo: Enquanto você ficar "cismada", emburrada, fazendo biquinho pelo cachorro que só faz brincar com a sua cara, não abre oportunidade para encontrar o leão que você merece. Pelo amor de Deus, se abra! Não confunda amor com capricho
Algum dia você já acordou e sentiu um estalo e do nada pensou: eu não quero mais ser assim, eu quero ser melhor?! Acordei assim hoje. Levantei querendo ser mais, e o maravilhoso disso, sabendo pra que isso acontecer as coisas dependem unicamente de mim. Se isso é bom? É ótimo! Mais um sinal de amadurecimento, mais uma forma de crescer, de aprender, de ensinar. Fui pro curso e parece que os debates e conversas foram direcionados pra mim, entende? Aprendi muito com aqueles muitos rostos desconhecidos da sala, e aquela aula fez com o meu pensamento criasse mais força, fez com que eu ganhasse ainda mais motivação pra buscar um EVERTON melhor.

sábado, 26 de novembro de 2011

"A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não."


Eu sei que há tipo uns 4 anos eu fui tão apaixonado por alguém que eu achei que não ia passar nunca mais.  Vc é uma mulher adulta que eu admiro e tal e...  E vc tenta fazer piada e...  A gente tinha que evoluir algum dia... e evoluiu.

Mas é esquisito, sabe? Porque eu realmente amei você. De um jeito que eu achei que era impossível de deixar de amar. E do nosso jeito a gente viveu tanta coisa boa... de lembrar, sabe? E dá um saudosismo mesmo... É tão esquisito crescer. É tão, mas tão esquisito crescer. E quando eu volto pra casa, totalmente desapaixonado, é mais... Porque eu acho que os meus sentimentos queriam... ser... enlouquecidos como antes.... mas a minha racionalidade me diz que eles nunca, nunca mais vão ser...

Que Deus me surpreenda e me prove que eu estou enganado. Porque eu quero estar enganado Eu quero. E apaixonado. Enlouquecido.... e apaixonado... perdido e irreversivelmente apaixonado... agora e para sempre, amém.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ando sem tempo pra escrever, ou seria mesmo... ando sem espírito? Estava ouvindo uma musica mais cedo e me lembrei deste trecho.
Eu tenho duas opções. Ou eu me concentro naquilo que eu não tenho e que agora não consigo, ou eu me concentro naquilo que eu tenho e emprego minha energia em melhorar. Se a gente faz isso pra vida, se mantém "em foco na bola" e não no "placar" enquanto disputa o jogo, talvez consiga até ser mais feliz. Tenho pedido a Deus paciência pra suportar pessoas imperfeitas. O que me inclui nesse time. Imperfeito eu também sou. E se perdoo tanto outras pessoas (ah, às vezes tenho vocação pra Madre Teresa e realmenteeeeeee perdoo) por que não poderia conceder a mim mesmo a mesma benevolência?


Concedei-me, Deus, coragem pra mudar aquilo que posso, maturidade pra aceitar o que eu não posso e sabedoria pra perceber a diferença. Acho q é isso. É sim.
Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado. [...] E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. [...] e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. [...] E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro. [...] E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor."

a MULHER que amo

  A mulher que eu amo tem a pele morena é bonita é pequena e me ama também, a mulher q eu amo tem tudo que eu quero e até + do q espero, encontrar em alguém. A mulher q eu amo tem um lindo sorriso é tudo q eu preciso pra minha alegria, a mulher q eu amo tem nos olhos a calma ilumina minh’alma, é o sol do meu dia. Tem a luz das estrelas e a beleza da flor. Ela é minha vida, ela é o meu amor. Seu amor é pra mim o q há de mais lindo, se ela está sorrindo eu sorrio também,tudo nela é bonito, tudo nela é verdade e com ela eu acredito na felicidade

A mulher q eu amo enfeita minha vida meu sonhos realiza, me faz tanto bem. Seu amor é pra mim o q há de mais lindo se ela está sorrindo eu sorrio também. Tudo nela é bonito, tudo nela é verdade e com ela eu acredito na felicidade”
 
 
Post postado em 6 de Outubro de 2009
Saudade da minha nega que por tanto tempo esteve em minha vida como forma de alma gêmea. Hoje me sinto mais só sem ela por perto e por isso que dedico esse dia a ela.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Eu dou o maior apoio pra você correr atrás dos seus sonhos, sabe? Do emprego que você quer, da faculdade que você quer, mas do... homem que você quer? Eu meio que tinha decidido que ia parar de escrever esses textos estilo conselho, mas... Sei lá. Às vezes eu acho bem feio, sabe? Acho bem feio que um número cada vez maior de garotas, em nome do poder de uma sexualidade que elas nem sabem mesmo se possuem, se coloquem em situações que não são compatíveis com a própria dignidade. Mas quem sou eu para definir o que deve ser critério de dignidade pra alguém, certo? O que eu sei (e faço questão de dizer) é que, se você não achar que tem valor, ELE TAMBÉM NÃO ACHARÁ. Implorar pateticamente, espionar, surtar, agir como uma mulher desesperada por migalhas de carinho e atenção não trará a relação que você espera a você. Fica a dica.

Li uma frase esses dias que achei sensacional. Roubo pra mim e quiçá... pra você? Força. O universo te dará exatamente aquilo que você acredita merecer.



..."Sabe o tal do amor próprio? Então, tô ficando com ela, e a nossa relação anda ótima!"
É isso aí.
É.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Eu bem que te avisei
Pra gente não brincar
Brincar de se entregar
É muito perigoso, alguém pode chorar

Mas você se entregou
Sem medo se jogou
Voou para os meus braços
Você brincou com o amor

O que você quer me falar?
Se for de amor pode parar
Você pra lá e eu pra cá, melhor assim
E vê se não liga pra mim

Rolou sentimento é melhor parar
Senão alguém pode se machucar
Não era pra deixar
O coração se apaixonar



Eu bem que te avisei
Você brincou com o amor

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"Um dia tu compreenderás que não há nenhuma pessoa totalmente má; nenhuma pessoa totalmente boa. Verás que todos nós somos humanos, apenas. E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazeres só aquilo que gostas. Aí sim, todos te virarão as costas e te acharão mau por não quereres entrar na ciranda deles, compreendes?

"(...) Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
-Quero ficar só com você
Quem inventou o amor?"
“Eu tive um dia terrível.” 

Nós dizemos isso o tempo todo. É isso que descrevemos como terrível, quando nada de terrível está acontecendo.

(Até que a gente perde alguém que a gente ama... até que um acidente, uma fatalidade, uma doença rouba e leva embora pra sempre ainda que ainda merecia estar aqui... neste planeta, neste minuto, respirando, vivendo... É quando percebemos que..
essas são as coisas que imploraríamos para ter: um canal, uma auditoria federal, café espirrado nas roupas. Quando o terrível acontece, imploramos para um Deus que não acreditamos para resgatar os pequenos horrores. E levar a dor embora. Parece fácil agora. A cozinha inundada, a madeira podre, a briga que lhe deixa com raiva. Ajudaria se soubéssemos o que estava por vir? Saberíamos que estes seriam os melhores momentos da vida?
Precisa dizer mais o quê
Escuto uma música tão linda que... me dá vontade de sentir paixão. Mas eu gosto é da vontade de sentir, nem sei se gostaria mesmo da paixão. Parece loucura. E talvez seja... Sentei aqui porque preciso de internet e apesar do cansaço do meu corpo pedir cama, o anseio da minha alma pede... escrita? Eu não sei o que vai acontecer com a escritora-mulher-apaixonada, quando o EVERTON atribulado decidir aceitar que nem sente falta do que acha que sente ou nem quer o que acha que quer. Esse texto não faz sentido, porque eu não estou fazendo muito sentido mesmo. Vou dormir.  Que o dia de amanhã seja bom... como este. Mas com essa violência metódica e avassaladora que eu sinto, cuidado. Com essa racionalidade que eu sinto, cuidado. Porque eu sou louco, pirado, maluco. E gosto MUITO, MUITO disso

domingo, 13 de novembro de 2011

"As pessoas possuem cicatrizes. Em todos os tipos de lugares inesperados. Como mapas secretos de suas historias pessoais. Diagramas de suas velhas feridas. A maioria de nossas feridas podem sarar, deixando nada além de uma cicatriz. Mas algumas não curam. Algumas feridas podemos carregar conosco a todos os lugares, e embora o corte já não esteja mais presente há muito, a dor ainda permanece. O que é pior, novas feridas que são horrivelmente dolorosas ou velhas feridas que deviam ter sarado anos atrás mas nunca o fizeram? Talvez velhas feridas nos ensinem algo. Elas nos lembram onde estivemos e o que superamos. Nos ensinam lições sobre o que evitar no futuro. É como gostamos de pensar. Mas não é o que acontece, é? Algumas coisas nós apenas temos que aprender de novo, e de novo, e de novo... Não é nada fácil me agüentar, eu sei. Sou implicante. Pouco tolerante. Pirracento. Mimado. Falo o que penso. Faço o que tenho vontade (Só o que tenho vontade!). E pior: Sou adepto de uma filosofia de vida muito objetiva que eu mesmo desenvolvi : ‘Quer ? Quer . Não quer ? Não quer’. Muito simples. E é assim que eu gostaria que agissem comigo. Não me quer, saia da minha vida logo

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dizem que a data de hoje é mágica. Por algum motivo cósmico, de números, cabalístico, qualquer coisa que pareça excêntrica, intensa e esquisita. Comecei a falar disso porque queria dizer que acho que qualquer data pode ser... se a gente decidir. Ando escrevendo pouco. Acho que a minha escrita tem a ver com um sentir que eu ainda não sei dizer se eu escolhi. Eu não sei deixar de ser autobiográfico. Eu fico imaginando até que ponto não é essa minha vontade mesmo de experimentar o mundo com palavras que acaba me colocando nas minhas confusões sentimentais. Sinto, logo escrevo. É como se eu precisasse doer para transformar tudo em texto. Faz um tempo eu decidi que não quero ser... assim. Tenho acordado bem cedo todo dia. Tenho tentado estudar, ter mais atitude de adulto. Acho que isso de alguma forma acaba influenciando nas outras áreas também. Se você me perguntasse o que eu quero do dia pra hoje, acho que diria que quero que seja comum, tranquilo... previsível. Eu não espero que nada surpreendente aconteça. Ou o pior... Eu não quero que nada fora do comum aconteça. Não há tristeza ou pessimismo nisso. Só há uma vontade de que as coisas sejam. Só há uma vontade de deixar que a vida caminhe no ritmo dela e aos poucos...   E não, não é hoje que eu quero encontrar a mulher da história da minha vida.  Acho até que designar alguém assim só pode transferir uma responsabilidade de felicidade que deveria estar na gente e primeiro. Eu não vou mais... e isso nem é manobra pra enganar ou confundir o universo. É só o jeito que eu quero das coisas mesmo. Quero ficar sozinho e quietinho. Quero estudar, quero cuidar mais de mim. Quero preparar a minha vida... financeira, profissional, emocional, pessoal. Mas não sei se eu quero a tal da história de amor. Pelo menos não agora. Pelo menos, não agora.

Talvez eu escreva, sempre e tanto, e insista em vibrar uma energia que de tão intensa entorpeça, porque isso no fundo me impede de aceitar a simplicidade e a leveza das ações de todo dia. Talvez essa seja (ou tenha sido) a minha forma de lidar e aceitar que não é preciso que a vida seja estratosférica de verdade pra que eu a sinta estratosférica de verdade... em mim.  Reconhecer que é o usual que traz conforto, às vezes pode trazer a libertação que eu preciso? ... Das narrativas que sempre tive vontade de criar? ... Pra mim?]

O texto parece estúpido, mas eu nem acredito que ele seja. E vou comemorar o fato de estar vivo. Saudável, inteligente e vivo. Porque ainda acredito que o sonho vem é com a conquista. O sonho sempre vem é com nossa determinação e nosso compromisso E pode ser que no meio do caminho, distraído, o universo me surpreenda com alguém que vibre uma energia parecida? =)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Onde será que enterraram os restos mortais do romantismo? ando tão cansado de bancar o moderno, super-heroí, aquele sem interesse em compromissos, em relacionamentos sérios, que estou pronto pra incorporar a paleontólogo e escavar onde for para resgatá-lo. é de admirar-se a falta de sensibilidade que acomete algumas pessoas da “nossa” geração. (re)inventamos o verbo "ficar" e somos nós que ficamos na mão quando o desejo de oficializar quaisquer namorico aparece. quero de volta notar o rubor nas bochechas da pessoa que me encontra; reconhecer um brilho diferente no olhar do outro quando estes com os meus se cruzam. sem pieguices, mas meu eu-afetuoso está cansado de ser massacrado pela secura das relações que me cercam. quero andar de mãos dadas em algum parque nas tardes de domingo. sentir novamente um nervoso antes de ter meus lábios tocados por alguém especial pela primeira vez. a folia da micareta não faz sentido no mundo. eu quero alguém que não queira apenas fazer sexo. poder recitar poesias de amor sem parecer clichê. nada de clarice, nem caio, nada profundo, conturbado, nem moderno e contemporâneo, que se mata em nome de uma paixão inconcebível. ou da isolda que ao encontrar seu tristão morto, sucumbe à morte de tristeza pois não suportaria a vida sem o seu verdadeiro amor. há dias que simplesmente acordamos assim, querendo amar, querendo morrer. ter o que sentir na carne, na alma, na vida offline. eu hoje quero um amor a moda antiga e não apenas alterar meu “status” de relacionamento das redes sociais das quais participo. se amanhã ainda estarei assim, não sei. sei que neste momento quero o mesmo amor de camões: aquele que ardia sem se ver, doía sem doer, nunca contentava-se de contente, ganhava ao se perder.

sábado, 5 de novembro de 2011

Acho que seria sem que a gente percebesse. Sem promessa, choro, planejamento ou expectativa. Acho que você ia ter medo... de decepcionar, do que eu ia pensar, das minhas histórias, comparações impossíveis. Acho que eu ia pensar que era mesmo impossível e... não ia acreditar a menos que acontecesse. E o meu medo me paralisaria também. E toda a insegurança que existe no universo tomasse conta profundamente de mim. Acho que o desejo se transubstanciaria em outra coisa que... se fosse incrível criaria uma prisão invisível...  para os dois. Porque quando a gente vive uma historia mais ou menos e tem uma relação sexual satisfatória, isso não representa muita coisa. Mas quando você encontra em outra pessoa o que percebe como uma parte da sua alma e estremece de romance e orgasmos, o que você faz com a sua vontade de fuga depois? Acho que você teve razão. Eu engoliria você. Atropelaria qualquer passo hesitante. Eu tenho um quê de fúria, fome e tempestade (apesar de também morar aqui o cara que sonha e filosofa e...) Talvez eu tenha recriado você por achar que você nunca conversaria com os dois. Me enfadaria. Porque no fundo mesmo talvez eu nem saiba se queira. Talvez eu machucasse você. Como a tantos...   

Acho que seria sem que a gente percebesse. Sem promessa, choro, planejamento ou expectativa. Acho que eu te ensinaria. Acho que você seria doce. Acho que verdadeiramente me apaixonaria. Só pro meu prazer.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Então naquele seriado que eu adoro havia uma discussão sobre riscos… e a conclusão (e a vontade que ela ensejava) era a de que sem se arriscar não se vive. Dei de ombros: “eu vivo me arriscando”, pensei eu. Mas acho que foi só pra me contradizer na sequência. Arriscar-se tem a ver com desafio. Inovação. Correr o risco do perigo real e iminente e ainda assim… ir. Tomar atitudes que se sabe são muito mais para afastar as pessoas antes que elas se afastem por conta própria, ah… isso nunca passou foi de uma grande covardia. Eu tenho essas narrativas, sabe? Narrativas de eu-sou-foda. Primeiro porque eu acho que eu sou mesmo (risos), segundo porque elas facilitam o meu processo confortável de continuar sendo exatamente da forma como sempre fui, sem ameaçar a minha inerente e inescapável vontade de segurança. Sozinho, nunca houve rejeição. Então acho que testo minhas parceiras amorosos. Constantemente. Rotulo, classifico, desafio, excomungo. E nem acho que seja erro quando faço isso porque no fundo talvez eu esteja procurando alguém que seja mind-blowing o suficiente para permanecer… Para me fazer mudar de ideia. Para comprometer.

“Quero que você se arrisque, veja no que vai dar.” Frase do episódio de hoje. “Eu vivo me arriscando”, pensei eu. Eu vivo me arriscando… por escrito? Acho que só me arrisco verdadeiramente quando na literatura. Se você avaliar a sua vida e começar a analisar suas últimas desventuras amorosas, provavelmente vai descobrir que você vem repetindo o mesmo padrão. Freud até explica isso. Nós tentamos recriar o padrão que conhecemos e no qual conseguimos predizer algo, no qual já “sabemos” como nos comportar. Acho que crio paixões fantasiosas e irreais para me convencer de que me arrisco... É fácil supostamente ousar em situações em que o resultado pela ousadia não te desafia... já que, não, nunca virá. [Esses dias me dei conta que, há alguns anos, vivendo a fantasia platônica com a mocinha impossível, eu deixei de mergulhar em uma das histórias mais bacanas que eu já vivi na minha vida. Eu suspirava por a mulher que eu achava perfeita e... rotulei de forma errada a outra história. A de verdade. A que eu vivia. Ela foi incrível tantas vezes e em tantas esferas diferentes que acho que no fundo eu não podia acreditar que gostasse de mim de verdade. Ela chorava e eu não acreditava. "Quando foi que aquela mulher linda, em tantas dimensões possíveis, havia começado a me considerar mais do que alguém com quem ela de vez em quando ficava?", me perguntei na ocasião e ainda. Porque era assim que eu a havia rotulado. Apesar das madrugadas regadas a conversa boa e sexo enlouquecedor. Na vida real e cotidiana, estou acostumado a um padrão maluco em que sou absolutamente atraído para histórias em que haja a possibilidade do meu controle. Ou fujo. Talvez bem daqui a pouco eu descubra o que eu realmente queira e comece a agir mais no mundo da vida em vez de confabular no mundo das palavras... Talvez ponha os pés no chão de verdade. Talvez eu viva. Talvez. Talvez publicar minha vida no blog também seja sim uma poderosa defesa estilo... não-se-interesse-por-mim-sou-complicado-e-se-você-me-interessar-eu-não-vou-saber-o-que-fazer-com-você. Não sem repetir o padrão. Não sem repetir o padrão... Eu não sei.  .. Eu quero. Mas ainda não sei como.
Não sei.
Mas chega. Hoje decidi que estou prestes a assumir meu coração vazio. Não decidi isso movido por uma grande coragem ou por um momento de iluminação. Nada grandioso aconteceu. Apenas sinto que dei um pequeno, quase imperceptível, passo para uma vida mais madura. Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu para achar que vale a pena sair da cama. Não separe com tanta precisão os heróis dos vilões, cada qual de um lado, tudo muito bonitinho como nas experiências de química. Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa ... E que interessa o castigo ou o prêmio? ... Tudo muda tanto que a pessoa que pecou na véspera já não é a mesma a ser punida no dia seguinte. Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.


 "...Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer:
"Quero ficar só com você"
Quem inventou o amor?"

Acho que essa e a dúvida e o desejo da humanidade!
Quem não quer encontrar alguém especial, um alguém pra partilhar a vida e juntos tentarem descobrir quem inventou esse bom e complicado amor?!!


Simpatia - é o sentimento
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.

Simpatia - são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.

São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.

Simpatia - meu anjinho,
É o canto de passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d'agosto
É o que m'inspira teu rosto...
- Simpatia - é quase amor!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"... querem é sonhar com a felicidade sentimental, mas não querem que ela aconteça na realidade. O amor costuma estar em forte antagonismo com os anseios de liberdade, de modo que a maior parte dos desencontros parecem não ser tão inexplicáveis: estão a serviço da preservação da individualidade. (...)

Puta que pariu. Sensacional, diz se não? Que espécie de libertação nos dá dizer a plenos pulmões... =) Delícia de revelação e de vida.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E me vieram conversar sobre escolhas profissionais, desafios, carreira... Era um trabalho pra alguma disciplina da escola mas, pra mim, virou terapia. Comecei a contar da minha história, das minhas escolhas (como a gente gosta disso, né?) e de repente... uau. Parece que quando a gente se distancia um pouquinho e olha de longe toda a multiplicidade de coisas que já viveu... Eu só conseguia pensar "que espécie de pessoa forte é você..." Acho que às vezes o excesso de crítica do nosso próprio olho que insiste em rotular e dizer bem alto "você não conseguiu tudo o que queria" esquece de tanta coisa importante... e te deprecia. A gente se critica tão duro e injustamente e esquece de agradecer aos céus por... simplesmente ser quem é?

Cheguei em casa e havia um recado de um amigo dizendo que estava com saudade de mim. Me deu uma nostalgia tão grande... Como eu fui feliz naquele tempo da escola. Quase 5 se passaram desde aquilo tudo e... (a lembrança me levou pra tão longe daqui...) Me lembrei dos amigos.  Dos papos inesquecíveis com Kaysa,  as festas com a galera... Do stress com os prazos dos trabalhos para serem entregues. Da falta de dinheiro, da busca por emprego. Lembrei de Francilaure. Das escadas. Dos drinks com frutas e vinhos. Lembrei do Everton de 2003. Dos seus anseios, seus medos. Como eu fui feliz naquele lugar. Eu não sei se na ocasião eu sabia que era feliz como era...  Eu não sei bem o que fazer com essa nostalgia que invade a sala e a vida da gente de vez em quando... mas me acalanta. De um jeito tão bom... e me traz um sorriso pra boca e me dá a tranquilidade de que até agora eu vivi da melhor forma que eu podia a minha vida... cheio de erros, sim, vulnerabilidades, exageros, teimosias, destemperanças... mas da melhor e da mais honesta forma que eu podia. Feliz. É uma pena que raras vezes a gente consiga ter essa perspectiva temporal sobre o próprio momento que vive... pra valorizar, sabe? As escolhas de agora, o momento de agora, os amigos de agora, a família, os desvairios... até os erros.

[Esse texto não vai ter fim. A saudade   aquela boa, gostosa, alegre   me tomou de um jeito que me roubou pra longe daqui... Depois eu volto. Um dia eu volto. Sim.]

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ando sem tempo. Bem insatisfeito com umas coisas, bem motivado pra outras. Sem muitos detalhes. O fato é que, seja na vida profissional ou na afetiva, se você está insatisfeito com o lugar onde está, deve mudar de lugar. Não é assim? É. É preciso treinar o olho pra reconhecer quando uma situação chegou a um ponto em que... a gente se afoga naquela sensação que já deu. Boa parte da nossa vida amorosa, profissional, afetiva se resolveria se a gente parasse de se comportar como criança que faz birra pra conseguir brinquedos da mãe. Eu quero, quero, quero... sem nem respostas para oferecer aos motivos se uma vez indagados por quê. Nem sempre insistir é a saída mais inteligente. Aliás, às vezes, não constitui nem saída. Algumas coisas são exatamente da forma que são. Se embrenhar em brigas, e lutas, e disputas sem sentido, muitas vezes, rouba é energia, rouba é tempo, rouba é vida, em vez de trazer pra mais perto aquilo que faça bem de algum modo... Acho que insistir em alguma coisa por puro capricho é o pior tipo de cegueira que pode existir... a menos que se tenha alguma idade inferior a dez anos. Bye, bye, adios, so long, arriverderci. Não existe mais lugar para qualquer tipo de birra na minha vida. Um dia de cada vez. Um passo depois do outro. Com fé e perseverança, a gente vai mudando de rumo, vai construindo e reconstruindo caminhos... Porque se o caminho que eu escolhi não me fizer feliz, qual seria o sentido de continuar a trilhá-lo? Infeliz? Pra "vencer"?

Que Deus nos abençoe e nos dê força para recomeçar sempre que necessário...
por nós.

domingo, 23 de outubro de 2011

Meu amor não é verdade
Tudo que falaram que eu falei
Eu estou é com saudades
Do seu corpo colado no meu
Se nós brigamos se separamos
Isso acontece com quem ama isso é normal
E se eu pudesse voltar no tempo
Pra te mostrar o quanto isso me fez mal

Diga quem no mundo já amou
E não sofreu
Diga quem amou intensamente e esqueceu
Eu não conheço

Se eu te disser eu já te esqueci

A minha mente é mentirosa
E o coração endoideceu
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.

Tem samba no meu quarto a noite inteira
Especialmente quando tu te vais
Tem dança quando diz que não me chegas
Que é para distrair o que me faz sofrer assim demais
Na madrugada tem perfume e vela
Pra atrair alguém que vem e traz
Alguma coisa que em ti me falta
Uma atenção singela pra deixar a noite em paz
Se for pra me ferir com teu silêncio
Respondo teu vazio com a paixão
Pra outros corpos que me satisfazem
Já que essa rua te acalanta muito mais que o meu colchão
Enquanto te convence para os outros
Enquanto te bajulam pelo bar
Não vê, nem por milagre, que tua casa
Pega fogo, espalha.
Luxuriosa.
Regozija...
Até que um belo dia me culpaste
Disseste que assim não pode mais
Eu ri e disse: "vai, pode cantar vitória agora
Eu fiz mesmo e faria é denovo se tivesse..."
Mas...
Três tiros irromperam a noite surda
Pr´um corpo de calor que se extinguiu
Me deu três beijos úmidos de lágrima
Selou meus olhos como um arrepio.


Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro. Que tenha saúde no corpo, saúde na alma, saúde à beça."Que a cada manhã a sua coragem acorde bem juntinho de você, sorria pra você, e o convide para viverem uma história toda nova, apesar do cenário aparentemente costumeiro"

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ensaiei um "oi"e nem saiu um "talvez"...Eu não sei bem como fazer as coisas voltarem a ser como eram. E eu nem sei se quero realmente que as coisas voltem a ser como eram. Queria te deixar confortável, mas... posso verdadeiramente admitir que nem me importo?  (Eu não me importo. Pronto, falei.) Isso virou texto porque já fazia sei lá quantos dias que eu não passava pelo blog e eu estava um pouco sem assunto. Isso é triste, né? É triste que de uma paixão tão bonita quanto aquela tenha sobrado... tão pouco...
Ninguém tem culpa. Ou teve. Eu gostei tanto de você que nem sei dizer o que era você realmente e o que fazia parte de mim... Não sei como dizer isso sem clichês... mas não sei dizer se algum dia senti de verdade ou só inventei fantasia.

Talvez a gente invente mesmo amores para nos livrarem da mediocridade e depois que eles cumprem o seu papel a gente fique com a sensação de que eles nunca aconteceram de verdade... Acho que isso até já virou música. Às vezes um clichê é a melhor forma de nos salvar de uma leviandade... Não sei explicar então porque ainda sobra uma espécie de lamento. Lamento estilo eu-tinha-tanta-certeza-que-era-e-você-não-era...
 
Ensaiei um "oi"e nem saiu um "talvez"...Eu não sei bem como fazer as coisas voltarem a ser como eram. E eu nem sei se quero realmente que as coisas voltem a ser como eram. Queria te deixar confortável, mas... posso verdadeiramente admitir que nem importa? (Eu não me importo...)
Olhou-se no espelho como quem olha a um estranho... com admiração e um pouco de susto. Gostava da mulher que se tornara. Às vezes era um pouco mais crítica do que sua própria subjetividade aguentava, mas como uma flor que também se recolhe para ressurgir mais bonita, sabia que sua primavera estava próxima... e prosseguiu decidida.

Acho que o grande mal da década é a apatia. A gente vê por aí tantas pessoas sem saber o que querem exatamente, para onde vão, o que buscar, com que sonhar, o que almejar que, de resultado, a gente começa a perceber gerações inteiras beirando quase que instantaneamente à depressão. Garotos, garotas, jovens rapazes, homens adultos, jovens senhoras, sem vontade de... viver? Isso é triste e realmente curioso. Se sairmos e perguntarmos a qualquer pessoa que cruze conosco na rua "Ei, e aí? você quer mesmo ser feliz?" é certo que essa pessoa vai mesmo é dar risada. Todo mundo que existe acho que sempre quer ser. Mas a pergunta que pra mim é mais importante é... sem saber o que te traz felicidade, é possível mesmo que você a encontre ou a alcance? As pessoas se fecham em círculos, cada vez mais e mais fechados, trabalham, fixam metas, as alcançam, e tantas vezes continuam tão... tristes. Acho que isso já devia ser indicativo de que a felicidade não está ligada ao alcance de metas. Se a gente relaciona felicidade a estado de ânimo transfere a responsabilidade pela nossa vida, pela nossa alegria para os outros... sabe? "Então eu vou ser feliz quando conseguir o emprego...", "... ou o aumento", "...ou a casa nova", "o namorado novo", "o corpo dos sonhos" ou... qualquer outra coisa que vai estar sempre distante da gente. Acho que felicidade não tem a ver com nada disso. Nada, nada, nada disso. Não sei dizer com que exatamente ela tem a ver, mas... certamente a felicidade não está ligada ao alcance de metas de sucesso, fama, poder... (Já repararam como são altas as taxas de suicídio no Japão? Ou entre jovens de classe alta em diversos países do mundo? Ou até mesmo entre a classe média de Brasília? (Havia uma matéria no jornal de hoje sobre isso...)

Voltando a falar da apatia...

(a.pa. ti.a)
1. Estado de insensibilidade, de quem não é suscetível a nenhuma emoção; INDIFERENÇA
2. Indolência; falta absoluta de energia
3. Fil. Estado em que a alma se torna insensível às paixões e à dor

O que te dá tesão? O que pira a sua cabeça? O que faz você suspirar mais forte? Se lançar sem medo? Transpirar? COM VONTADE? Não sei se é isso que lhe trará felicidade, mas acho que já um bom começo. Faça... faça sozinho, faça acompanhado, faça por você e faça AGORA. Reinvente-se for o caso. Se permita redescobrir que pessoa é essa que você às vezes encontra, mas da qual às vezes se perde no espelho... SEJA o que estiver com vontade de ser. Não transferir a responsabilidade dessa decisão (que é apenas sua) a outras pessoas pode ser o mais complicado de tudo. Porque se a gente perceber que, em última instância, o que nos paralisa é o nosso medo, ou autocrítica, talvez a gente tenha que tomar de verdade a decisão de fazer algo que nos retire dessa letargia... que nos faça pulsar, transpirar, enlouquecer, viver... e, apesar de qualquer pessoa normal se indagada responder que quer mesmo é ser feliz, no fundo deixo mesmo é a pergunta que você deve fazer a você... Será? O que eu mesmo estou disposto a fazer?

É isso. O desafio de hoje é combater com todas as suas forças a apatia.
Só hoje... Só hoje... =))

[Sempre e a cada novo dia.]
Engraçado como o exterior das pessoas tem a capacidade de expressar aquilo que elas sentem por dentro. Acho que a gente acaba encontrando formas de denunciar pro mundo quando está bem ou infeliz. É impressionante... Parece que quando as coisas estão calmas e tranquilas por dentro, elas precisam ficar calmas e tranquilas por fora. É por isso que eu até hoje ainda acho que o apartamento muitoooo bagunçado de um homem é um indício bem sério de que as coisas na vida dele andam bem bagunçadas também.
Pessoas infelizes perdem a vaidade... cuidam pouco de si, da casa, das coisas de todo dia. Às vezes estão tão perdidas no mundo que isso tudo extravasa pra organização da casa, das roupas, do corpo, da pele, cabelos... Eu acho.
Talvez por isso a gente crie aquela crença quase cósmica de que as pessoas só dão em cima da gente quando a gente está namorando, bem feliz com alguém. Como somos tolinhos... Não, as pessoas não só dão em cima da gente quando a gente está namorando, bem feliz COM ALGUÉM. Elas dão em cima da gente, se aproximam da gente, quando a gente está é bem FELIZ. Só isso. Ponto final. É por isso que a dica do texto de hoje é pura e simplesmente:
Quer melhorar por dentro? Às vezes parte da solução está em melhorar por fora também. Cuide mais de si... da sua alimentação, dos seus cabelos, do seu sono, do seu corpo. Tome água, hidrate a pele, perfume-se de paz e cultura. Cuide mais da sua casa... não deixe que ela se torne um lugar para o qual você tem preguiça de voltar. Seu cantinho é o seu santuário. Nele, você tem é que se sentir bem, aconchegado, confortável, meio como quando a gente dorme de conchinha com alguém que gosta e cuida da gente.