quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Hoje li uma frase que ficou ecoando, ecoando e me fez lembrar dela... "Tudo que tem um começo, tem um fim. Faça as pazes com isso e você ficará bem."
Eu realmente acredito nisso... espero que você também possa acreditar. "Faça as pazes com isso e você ficará bem."


Tem umas duas semanas que meu guarda-roupa me olha. Gritando. Cada peça fora do lugar, cada roupa amassada me mostra que a minha falta de organização repercute em outras instâncias da minha vida. A bagunça toda me incomoda, mas - exatamente porque sei o trabalho que me dará colocar tudo no lugar - sou preenchido pela mais profunda apatia. E vou adiando.... adiando. Se eu resolvesse resolver, seria tudo mais simples. Por onde é que a gente começa as coisas, hein? Se não for pelo princípio? Acho que essa reflexão serve pra tanta coisa na vida... Nosso tempo nunca vai sobrar pra coisa alguma. É sempre a gente que prioriza o que é mais importante aqui e ali e oferece pacificamente entregar a isso todos os nossos minutos. Não existe isso de "estou sem tempo". Temos tempo todos os minutos, todos os dias para o que quer que seja. Temos tempo para aquilo que a gente prioriza. A verdade é bem essa. Damos o nosso tempo àquilo que nos importa mais. E, se por algum motivo estúpido, não estivermos fazendo isso, estamos desperdiçando é a vida. 

nós não temos chances infinitas de conseguir o que queremos. E disso eu sei... nada é pior do que perder uma oportunidade que poderia ter mudado sua vida."


Dizer que este dia pode ser o nosso último é o óbvio. Ele pode. E, se fosse, será que a gente teria vivido nossas últimas semanas exatamente da mesma mesma maneira? Teríamos dedicado nosso tempo às mesmas coisas? Realizado nossos horários de almoços, nossas cestas, nossas noites, madrugadas... da mesma forma?  Sou muito exigente comigo às vezes. E morro de medo. Medo de coisas estúpidas. Medo de arrumar cada peça no lugar no meu armário e descobrir que nem tenho tanta coisa. Ou que tenho muito mais do que eu pensava.  [É uma situação típica, em uma época típica... São muitas escolhas...]

(O texto talvez não faça muito sentido, mas é que eu tenho enxergado metáfora em tudo. No armário, na taça de chá vermelho que parece vinho sobre a mesa, no sashimi que não teve absolutamente nenhuma graça quando comi sozinho.
As escolhas são muitas. Mas o que a gente não pode fazer é deixar que elas nos paralisem a vida...  [ou tudo resultará em nada...]

Como na minha metáfora do armário, as peças não irão se ajeitar a menos que A GENTE as ajeite. É dobrar o que puder ser dobrado, pendurar o que puder ser pendurado, jogar fora o que não mais servir pra nada. Ou doar. Fazer isso é respeitar o ciclo da vida. É ar-rejar, dar espaço pro novo, deixar o rio correr... Uma vida parada é como uma poça parada. Um bom lugar para moscas e podridão.


Pode não ser legal ouvir isso. Ou olhar pra isso. Assim. Desse jeito. Mas não tem outro jeito de dizer.

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