E me vieram conversar sobre escolhas profissionais, desafios, carreira... Era um trabalho pra alguma disciplina da escola mas, pra mim, virou terapia. Comecei a contar da minha história, das minhas escolhas (como a gente gosta disso, né?) e de repente... uau. Parece que quando a gente se distancia um pouquinho e olha de longe toda a multiplicidade de coisas que já viveu... Eu só conseguia pensar "que espécie de pessoa forte é você..." Acho que às vezes o excesso de crítica do nosso próprio olho que insiste em rotular e dizer bem alto "você não conseguiu tudo o que queria" esquece de tanta coisa importante... e te deprecia. A gente se critica tão duro e injustamente e esquece de agradecer aos céus por... simplesmente ser quem é?
Cheguei em casa e havia um recado de um amigo dizendo que estava com saudade de mim. Me deu uma nostalgia tão grande... Como eu fui feliz naquele tempo da escola. Quase 5 se passaram desde aquilo tudo e... (a lembrança me levou pra tão longe daqui...) Me lembrei dos amigos. Dos papos inesquecíveis com Kaysa, as festas com a galera... Do stress com os prazos dos trabalhos para serem entregues. Da falta de dinheiro, da busca por emprego. Lembrei de Francilaure. Das escadas. Dos drinks com frutas e vinhos. Lembrei do Everton de 2003. Dos seus anseios, seus medos. Como eu fui feliz naquele lugar. Eu não sei se na ocasião eu sabia que era feliz como era... Eu não sei bem o que fazer com essa nostalgia que invade a sala e a vida da gente de vez em quando... mas me acalanta. De um jeito tão bom... e me traz um sorriso pra boca e me dá a tranquilidade de que até agora eu vivi da melhor forma que eu podia a minha vida... cheio de erros, sim, vulnerabilidades, exageros, teimosias, destemperanças... mas da melhor e da mais honesta forma que eu podia. Feliz. É uma pena que raras vezes a gente consiga ter essa perspectiva temporal sobre o próprio momento que vive... pra valorizar, sabe? As escolhas de agora, o momento de agora, os amigos de agora, a família, os desvairios... até os erros.
[Esse texto não vai ter fim. A saudade – aquela boa, gostosa, alegre – me tomou de um jeito que me roubou pra longe daqui... Depois eu volto. Um dia eu volto. Sim.]
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