Quanto mais timidez alguém demonstrar conosco, maior é o nosso orgulho em estimula; quanto mais respeito ela tiver por nossa resistência, mais respeito exigimos dela. De boa vontade diríamos a vocês: 'Ah, por piedade, não nos suponham tão virtuosos; estão nos forçando a sermos virtuosos demais'
"Ninguém nasce tímido; a timidez é uma proteção que desenvolvemos. Se nunca esticarmos o pescoço para fora, se nunca tentarmos, jamais teremos que sofrer as consequências do fracasso ou do sucesso. Se somos gentis e discretos ninguém ficará ofendido -- de fato, vamos parecer santos e agradáveis. Na verdade, pessoas tímidas são autocentradas, obcecadas pela maneira como as pessoas as veem, e não são nada santas. E a humildade pode ter usos sociais, mas é mortal na sedução. Você precisa ser capaz de bancar o santo humilde às vezes; é uma máscara que se coloca. Mas, na sedução, livre-se dela. A ousadia é estimulante, erótica e absolutamente necessária para levar a termo uma sedução. Usada corretamente, ela informa a seus alvos que eles fizeram você perder todos os seus constrangimentos normais, e que você está lhes dando licença para fazer o mesmo. As pessoas estão doidas para ter uma chance de dar expressão aos aspectos reprimidos de suas personalidades. No estágio final de uma sedução, a ousadia elimina qualquer mal-estar ou dúvida. Numa dança, duas pessoas não podem conduzir. Uma delas assume, levando a outra. A sedução não é igualitária; não é uma convergência harmônica. Conter-se no final por medo de ofender, ou pensar que é correto dividir o poder, é a receita do fracasso. Esta não é uma arena para se praticar política, mas, sim, o prazer. A iniciativa ousada pode ser do homem ou da mulher, mas ela precisa acontecer. Se você estiver tão preocupado com o outro, console-se com a ideia de que o prazer daquele que se rende com frequência é maior do que o do agressor."
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