Repetia as mesmas palavras com poucos tropeços. Encorajava a mim mesmo, de uma coragem medrosa. Era só um recomeço. O silêncio das fotografias espalhadas no quarto somava o frio, que me desconfortava sempre neste instante, começo de noite. Não importa o tempo lá fora, o frio era sempre o mesmo. Já não era mais criança. A juventude começou a desgastar as cores, as luzes perderam a intensidade. Sobraram apenas frestas de esperanças adolescentes, enfraquecidas pelas datas, quando completam novos aniversários. Pequenos brilhos. Restos, que na maioria das vezes, nunca conheceram sua forma completa. Metades de sonhos, solitárias, que não ousaram ensaiar finais para princípios de desejos, envergonhados por desrazões maiores. As coisas são quando há de ser, dizia vó. Mas o que será que há de ser, agora? O caminho não parece ruim, é verdade, mas falta força ao caminhar, pés já não seguem descalços sem que machuquem. Tudo fere. Os joelhos doem, de dor do coração. Sentado em sombra de aflições, soava uma canção aguda de suspiros breves, enquanto folheava saudades borradas em cadernos antigos, aposentados por invalidez do tempo. Rascunhos de amores. Tecia novos sonhos nos cantos dos olhos, apenas nos cantos, enquanto juntava seu corpo para tentar escapar de um frio que insiste em meu quarto por mais cobertores usados, ou maior número de agasalhos que sejam vestidos. Porque é um frio que vem de dentro
Final de semana em CG foi massa teve de tudo um pouco, eu e Raicky aprendemos uma lição pra vida toda.kkkkkk
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