"Pessoas vivem por pessoas. Um amor, um beijo, um pranto, um amasso não depende de uma pessoa só. E é isso que muitas pessoas não enxergam. Vc sai, beija e transa com uma pessoa que vc não vai conhecer pelo resto de sua vida. Desculpas de que vc irá se bastar e que serão usados reciprocamente. Você não goza, ninguém se olhou nos olhos. E a ressaca moral não pára de bater na sua porta. E foi assim não é pq ela era gorda ou vc galinha. Mas porque intensidades se conquistam, se alojam dentro da gente e permanecem. E o seu ápice não está recolhido apenas e exclusivamente na sua química, mas dentro dos dois, onde nada parece ser estranho e quando você descobre que de dois é possível tornar-se um só. Isso se chama conhecer as pessoas...saber onde ela vai, onde ela trabalha e a que horas estarão em casa é fácil. Agora tente enxergar por dentro, você consegue ver o que o outro sente?"

Texto lindo. Me fez lembrar de um outro texto mais antigo que discutia que as pessoas, na verdade, não se relacionam com pessoas mas com necessidades. Alguém te oferece algo que você não tem e você gosta do oferecimento...enquanto o preenchimento continuar, continua o "amor". Uma vez que a falsa suficiência seja rompida, desfaz-se também o amor. Triste, né?
Algumas pessoas têm necessidades de certezas, outras de paixões inexoráveis e avassaladoras. Outras de segurança, outras de aventura. Outras nem sabem de quê. Mas o que me deixa mais triste é que hoje a maioria das pessoas nem olha mais pras outras ou, se olha verdadeiramente não enxerga. Criam-se relações de benefício mútuo e de conveniência. Isso é muito triste. E exige um grau tão abnegado de renúncia daquilo que é bom e verdadeiro que mata as pessoas todo dia um pouco, a cada novo dia. Digo o que já disse muitas outras vezes. Se for assim: Não, muito obrigado. Prefiro a improbabilidade, o acaso, a incerteza. Escolho o sentimento incomensurável, mesmo que momentâneo. Fico sozinho o tempo que for necessário até sentir faisquinhas pelo corpo todo de novo"