Acordei pensando nisso. Era um diálogo e ele dizia pra ela que um relacionamento era na verdade uma tentativa de arrumar um espectador para nossa vida pra fazê-la parecer um espetáculo mais importante, mais significante. Falando assim parece confuso ou que a cena era horrível, mas eu lembro que eu achei linda. Por que escrever sobre isso? Sei lá. Acho que é porque eu sempre tive a sensação que compartilhar as coisas com alguém é uma das mais incríveis, uma das maiores formas de aproximação. Se eu não compartilho, continua sendo só meu e às vezes parece que nem existiu. As pessoas com quem a gente divide (escolhe dividir) nossas alegrias e tristezas são as mais importantes pra gente. Claro que a gente precisa entender que as pessoas tem subjetividades diferentes e, às vezes se fecham, sofrem/se alegram diferentes, mas sem mais. Não dividir é não estabelecer uma ligação significativa, uma abertura, é não permitir uma presença. Sei lá... Se eu tivesse que dar um conselho seria: não deixe que ninguém seja leviano/a com seus sentimentos. Às vezes a nossa vontade de viver algo incrível é tão grande, que se engana, se ilude, se mente. Se transporta pra um mundo de fantasias, meio hollywood. Ou ainda: Não engane, não dê falsas esperanças, não faça com os outros o que não gostaria que fosse feito com você, não importa quão frágil ou vulnerável você esteja
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