"Chego à altura de poder cair, escolho, estremeço e desisto, e finalmente me voltando à minha queda, despessoal, sem voz própria, finalmente sem mim - eis que tudo que não tenho é que é meu. Quanto mais ignoro a senha mais cumpro o segredo, quanto menos sei mais a doçura do abismo é o meu destino. O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não consegui resistir. Enfrentei meus sentimentos. A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesmo. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um wisk. Quero morder a vida e ser despedaçada por ela. Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação. A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direções. Fiquei docemente adormecido por alguns séculos e entrei em erupção sem avisar."
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