segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também, tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também; porque sozinho não vou. Não tem como remar sozinho, eu ficaria girando em torno de mim mesmo. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes... Mudo o visual, começo a comer direito, vou todo dia pra academia, aprendo a cozinhar e até começo a me interessar logico pelo sue mundo. Mas você tem que prometer que também vai remar com vontade! Eu desisto fácil, você sabe. Mas é só você me pedir pra entrar nesse barco que eu entro e nós faremos com que essa viagem dure bem mais que alguns minutos. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, é só me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças. Você tem que prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena! Que por você vale a pena; Que por nós vale a pena. Remar, re-amar, amar.

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