quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A: Eu não te entendo.

B: Eu sei.

A: O que você quer?

B: Não sei.

A: Nunca soube?

B: Na verdade eu sei.

A: Você vai ser sempre confuso?

B: Não estou confuso.

A: O que você quer?

B: Você sabe, não se faça.

A: Você nunca disse!

B: Eu não preciso, nunca precisei.

A: Como eu vou saber se vc nunca disse?

B: Sabendo.

A: Continuo confusa.

B: Não era eu o confuso?

A: Sua confusão me confunde!

B: Não existe confusão.

A: Então o que existe?

B: Olha nos meus olhos.

A: Não posso.

B: Porque?

A: Vou chorar.

B: Você já sabe o que vai ver neles.

A: Você nunca disse.

B: Olha.

A: Eu disse que iria chorar.

B: Vejo lágrimas sem precisar dizer nada, imagina se eu dissesse.

A: Deveria ter tentado, poderiam ser lágrimas de felicidade e não de dúvida.

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