Às vezes eu me pergunto o que aconteceu com aquele garoto que só se interessava pelo extraordinário. Às vezes acho que ele continua aqui em algum lugar, só que entendeu q nem tudo pode reluzir todo dia. Mas às vezes ele me avassala. Intempestivo. E é como se o cara sensato e bem-resolvido fosse enviado para Marte. Diluído. Eles quase nunca querem a mesma coisa. E são todos dois impulsivos. E apaixonados, absurdamente apaixonados. Difusos. Dá muito trabalho ser várias pessoas. Num instante se quer, no outro não. Num minuto é definitivo, no outro foi-se. Cada um dentro de si é vários e ao mesmo tempo. Mas conciliar os interesses, os desejos, os objetivos, as vontades dessa multidão que vive dentro da gente. A gente ocupa de uma vez só uma dúzia de papéis. E os anseios, os sonhos, as expectativas de cada um deles pode sufocar se não estivermos atentos
... a todos esses que em mim atingiram zonas assustadoramente inesperadas, todos esses profetas do presente e que a mim me vaticinaram, a ponto de eu neste instante explodir em: eu. Esse eu que precisa dos outros para me manter de pé. Sei de muita coisa que não vi. Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar.
Observar com exatidão o que se cumpre em cada segundo é mais decisivo que saber de antemão o mais distante...Será?
... a todos esses que em mim atingiram zonas assustadoramente inesperadas, todos esses profetas do presente e que a mim me vaticinaram, a ponto de eu neste instante explodir em: eu. Esse eu que precisa dos outros para me manter de pé. Sei de muita coisa que não vi. Não se pode dar uma prova de existência do que é mais verdadeiro, o jeito é acreditar.
Observar com exatidão o que se cumpre em cada segundo é mais decisivo que saber de antemão o mais distante...Será?
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