sexta-feira, 13 de abril de 2012

“Se você ama alguém, você tem que dizer, na hora, em voz alta… Senão o momento simplesmente passa por você.


Então eu me lembrei de uma cena em que a Julia Roberts suspira, tenta dizer o que sente, mas perde o momento quando a balsa termina o trajeto embaixo da ponte.  Lembro da relutância em responder, lá atrás, há alguns anos, sobre o que nós dois éramos, bem do jeito que eu queria. Por que eu não fiz? Se outra pessoa me escrevesse pedindo conselhos, sei que só responderia "para de complicar, simplifica..." É tanta redoma, e tanta defesa, tanto medo de nomear, de dizer...  Acho que é porque gostar de alguém tira um pouco a gente do eixo. E nos traz pra perto um receio de perder, de machucar ou de se machucar que muitas vezes faz com que a gente se feche... e então permaneça no "e se...?".  Que a gente não seja tão covarde como a personagem da Julia Roberts no filme. Que a gente não perca porque tem medo da perda, que a gente aprenda a nomear, a viver.  Não existe nada que possa nos proteger de uma queda bem grande. Mas, se for pra cair, que a gente tenha ao menos vivido...  Eu acho. Nós não temos chances infinitas para viver o que queremos. Uma oportunidade desperdiçada é uma oportunidade desperdiçada...  para o resto da vida.

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