segunda-feira, 12 de março de 2012

Você acha que Deus se importa com futebol?
-- Eu acho que Deus se importa com sua fé, ele se importa com seu coração. Então se você levar a sua fé para o campo, então sim ele se importa com futebol, porque ele se importa com você. E, se nós vencermos, nós o louvaremos. E, se nós perdermos, nós o louvaremos. Então eu lhes pergunto: Pelo que estão vivendo?   Resolvi dar a Deus tudo de mim. Os resultados eu deixo por conta dele.

Eu preciso de um filme desses bem hollywood em que eu seja o personagem principal. O mocinho, sabe? E em que a narrativa me livre da angústia, do medo, do apavoramento de fazer tudo errado e de novo. Talvez eu estivesse numa rua dessas em que tivesse uma feira de frutas e objetos usados, talvez eu cheirasse uma flor. Talvez eu fizesse uma gracinha com o cachorro. Acho que o maior poder que alguém pode se conceder é o de privilegiar e só permitir na sua vida aquilo que lhe assegure alguma estabilidade emocional. Eu não sei se a gente tem esse tipo de controle (ou nunca faria nada que se desafiasse na vida), mas ah... no meu filme hollywood... No meu filme hollywood, enquanto eu comprasse laranjas, você me traria uma tulipa encarnecida.  Sabe quando você tem a sensação de ter rabiscado todas as folhas do caderno pra ver se aprendia a fazer a tal da conta matemática que ainda parece uma incógnita? No meu filme, eu cansei do caderno. Eu sei lá o que isso se significa... Eu só sei que cansei do caderno. Porque talvez para encontrar a tal da serenidade, aquilo que a gente mais queira SIMPLESMENTE não possa nos interessar mais. Talvez seja a isso que se chame desapego...  Mas eu ainda queria, sabe? A tal da vaga e do cargo, o tal do carro vermelho, o apartamento com banheira, a fazendai, o berço pro nosso filho e a nossa história de amor...Ou talvez eu só esteja tão, mas tão apegado a tudo com que sempre sonhei nessa vida que não saiba mais de verdade o que é importante pra mim. Talvez eu só precise desistir pra saber... Talvez eu só precise desistir pra saber. E, quem sabe, até roubar aquela metáfora do filme... keep breathing (continue respirando)... Afinal, quem sabe o que nos trará a maré?
Quem sabe o que nos trará a maré? É isso aí.

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