E eu conheci um casal. Que nem se apresentou como um casal... E me doeu, sabe? Porque me vi tanto no sofrimento daquela menina... ela nem sabia que se alvejava quando dava de presente pra qualquer outra pessoa aquilo que era o que havia de mais precioso pra ela... por medo. Explico. Passei sei lá quantos minutos daquela balada de explicando pra ela que ela não devia tratar como "mais um" aquele que era único pra ela. E eu não sei porque a gente se apavora tanto... acho que é porque de alguma forma maluca percebe que aquilo tudo é muito mais incrível do que vislumbra na vida... e às vezes a gente sabe. Às vezes simplesmente a gente sabe. Que não é igual. Que não adianta procurar na esquina... que é raro, especial, surreal. E eu não sei bem que tipo de pavor é esse que faz com que a gente abra mão exatamente por amar demais... exatamente porque quer que ele venha por vontade própria, por necessidade, por independência, por gozo. Eu não sei por que uma garota linda que acreditava que não era digna do garoto que ela insistentemente jogava em cima da primeira sem-graça, irrelevante, que aparecesse na esquina... por medo. Medo. Medo. Medo de ser considerada ela mesma irrelevante... e insuficiente... maior. Pra ele. Se parece irracional, é porque é. Talvez a gente tenha mesmo que liberar a história para o planeta e dizer... Vá. Vá. Eu deixo você ir... se você quiser. Mas às vezes, talvez só às vezes, a gente tenha é que dizer... não vá, eu quero você. Eu quero você porque você é a minha metade, você me completa, porque eu quero que você venha... e eu posso morrer de medo, porque talvez você não me ame como eu te amo, e talvez eu sofra, e talvez eu me ferre e.... Será que numa realidade muito alternativa... você não podia querer o mesmo também?
Porque essa noite tinha uma centena de pessoas disponíveis, mas nenhum deles interessava... porque nunca, por mais que elas se esforcem, vão conseguir ocupar um lugar que é só seu. E eu não sei se isso faz de mim um idiota... talvez faça. Mas vou permanecer fiel ao que eu sinto... e quem sabe o universo me presenteie...
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