sábado, 31 de março de 2012

Não consigo te esquecer
Tudo faz lembrar você
Já é madrugada, ligo o filme na TV
Vejo você
Não consigo te esquecer
Por que fui me apaixonar?
Venha ser a minha heroina
Correndo me salvar
Você falou que eu não temesse nada
Você falou sempre fui seu amado
Você chegou e me tirou das garras da solidão
Você falou que eu era importante
Você falou tudo está como antes
Mas quando ligo você não atende seu celular
Porque eu te amo, te quero, te adoro
Não consigo te esquecer
Luz do meu amanhecer, te amo!
Porque eu te amo, te quero, te adoro
Não consigo te esquecer
Luz do meu amanhecer, te amo!
Eu gosto das suas bochechas cor de rosa. E do jeitinho toda tímida com o qual você sorri de cantinho, meio sem saber se me olha nos olhos ou se desconcerta. Eu gosto da volúpia e do beijo. Gosto da fome de menina bandida que rouba o último brigadeiro do prato e escondido da mãe. Eu gosto da boca. Carnuda. Eu gosto do toque, da mão, da hesitação. Gosto da respiração ofegante de quem finge que não entende, mas me preenche de significados intensos. Eu gosto do seu jeito de menina carente, que pede licença pro beijo, mas me engole com ferocidade, me tomando de essências, vociferando emoções. Eu gosto dos olhos brilhantes. Gosto do cheiro, gosto da calma, gosto da gula, gosto do gosto. Eu gosto do movimento que em mim você gera... Arredio, bruto, sereno, incoerente, consistente. Eu gosto da sua volúpia. Gosto do arrepio, do trovão, do calor, da tempestade. Gosto da sua inquietação, sua calmaria, seu destempero.  Des-atino. Eu gosto da sua pele, da sua alma, da sua pressa... em mim.
Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto. Até aí nenhuma novidade sobre isso. Eu esperava que você sentisse minha falta, sabe? E que viesse correndo brigar comigo por qualquer motivo que fosse.

Você não veio.
Você nunca veio.

E eu tentei responsabilizar o universo, ou os sistemas de satélite, trens, navegação, mas... os primeiros, os segundos, os terceiros passos sempre foram meus, e...

Quando a gente se importa a gente insiste, certo? Pelo menos UMA vez?
Você nunca insistiu e deixou que tudo corresse como se... (eu nunca tivesse sido realmente importante.) (E eu nunca quis ser amado apenas por palavras... mas também nunca quis ser devorado por suas pontiagudas omissões.) Porque quando a gente é menino e aprende a torcer pela personagem da novela, espera que quando for maior, os outros farão o mesmo por nós... Que também seremos recompensados com o amor verdadeiro, aquele que supera tudo, e luta, e perdoa os erros, e... Interesse é uma coisa; perseguição é outra. Me apavora pensar que eu esteja para você assim como "a pessoa sem noção" está para mim, e... No meio do caminho havia um coração de pedra... (E, surpreendentemente, não era o meu.)

Vontade nula de continuar este texto.
Vontade nula de continuar com você.

Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto. Então desisto.  Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto. Repito como um mantra ou ladainha. Eu preciso aceitar que você não está mais aqui e há muito tempo. Mas eu também não sei dizer se eu estou. Não sei se o que incomoda é o fato de você (não) se importar ou de eu (não) me importar. Porque prosseguir sozinho é tão difícil, e...

Eu (não)  sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto. Eu (não) sei bem o que fazer com isso que eu (não) sinto. Como se magicamente fosse me transportar para algum nível alternativo e encantado de respostas...

Mas não vai.

terça-feira, 27 de março de 2012

Eu comecei a rascunhar um texto, mas quando estava na metade achei tão artificial que apaguei o esboço. É melhor não dizer nada que dizer qualquer coisa, certo? Às vezes é muito mais fácil desistir, deixar pra lá, não se importar. Em textos ou relacionamentos, quando o processo começa errado, o resultado inevitável é gerar a tal da decepção. Emendar vidro nunca me pareceu uma coisa inteligente.

*

A música é linda e não tem relação alguma com o texto. Tinha a ver com o rascunho que foi lançado fora... que era sobre um sentimento intenso, e genuíno, e bonito, mas...

domingo, 25 de março de 2012

"E se eu tivesse escolhido uma outra vida pra mim? Ou outra pessoa? E se a gente nunca tivesse se encontrado? E se... ? E se...?"

Sensação de quando se é criança e o ano letivo começa. Sensação de encapar caderno novo, com desenhos bonitinhos e o cheiro novinho do plástico cuidadosamente escolhido... recorte, estrelas, peixinhos, que lindo! Sensação de esperar ansiosamente segunda, de arrumar o estojinho com as canetinhas coloridas, a caixinha com todas as cores de lápis, todos nunca apontados, o kit com as massinhas... a tesoura de sapinho, a cola com glitter colorido, a lancheira e a mochila. Cartolinas. Sensação boa de tênis e uniforme nunca usados, de descoberta da turma nova, das amigas na sala, dos garotos na escola... Ah, sensação de alegria! De livros novos, de quem-será-que-vai-estar-na-minha-turma, de chega-logo-primeiro-dia... Lembro que eu sempre ansiava, desde o comecinho de janeiro, para que as aulas voltassem antes do programado. Não porque eu era meio nerd - mas porque todo início de ano trazia sempre um novo começo na escola, nas brincadeiras, na vida...  Ando com vontade de reviver essas coisas. Esse frio na barriga, esse medo e anseio... Ah e com vontade de ser pai! =)  Quero contar minhas histórias, quero ouvir as histórias dele, as musiquinhas, quero ficar bravo com a "tia" do colégio por qualquer motivo que seja... Quero me acabar de chorar nas homenagens da escolinha, quero abraçar, tomar banho de mangueira em dia quente, ensinar a ler e a dançar. Quero levar no parquinho, empurrar no balanço, ensinar a amarrar o cadarço, levar para ver os avós... Ah... levar pra ver os avós... fingir que fico bravo com a mãe porque ela sempre mima demais... Sensação de quando se é criança e o ano letivo começa. Sensação de encapar caderno novo, com desenhos bonitinhos e o cheiro novinho do plástico cuidadosamente escolhido... recorte, estrelas, peixinhos, que lindo! Sensação de amar, tanto e imensamente, essa criança que é minha sem nunca nem ter sido...


[Às vezes eu tenho a sensação de que estou vivendo uma vida paralela em algum universo alternativo... já pararam pra pensar? Qual seria o seu caminho se simplesmente tivesse percorrido trilhas diferentes?]


"Nós criamos nosso próprio destino. E é exatamente o que eu vou fazer. Faça você também."
"É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É... loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Eu posso hoje escrever um texto sobre amor profundo e intenso se eu me colocar dentro da perspectiva de quem ama intensamente... mas posso continuar sentindo vontade de sentir isso algum dia, embora o texto professe que algo - uma história maluca, incrível, avassaladora - já está acontecendo comigo. Ou o contrário.  Posso descrever a cena mais tórrida e erótica de amor e sentimento, vivendo na minha imaginação apaixonada, cada detalhe e cada momento, mesmo que eu só goze em palavras e sem mesmo pensar em alguém. Crio meus mundos com a escrita. Minhas personas. Minhas forças, minhas fraquezas. Alimento meus desejos, invento minhas constelações, meus movimentos, minhas dores, minhas alucinações. Senti vontade de esclarecer isso aqui, ou em todo e qualquer começo de relação que na vida real aconteça, vou destruir as possibilidades de uma história que, não importa quão bonita, sempre se sentirá diminuída perto de qualquer outra narrativa, tantas vezes fictícia, que já tenha aparecido por aqui...  Não quero viver nas palavras, quero dar aos meus sentimentos e às minhas histórias de verdade a privacidade, o cuidado e o silêncio que merecem. Mas... na ficção, quero continuar tendo a liberdade para brincar com as palavras, chorar com elas, torcê-las, transformá-las em dores verdadeiras e reais, mesmo que inventadas, histórias de alegrias inexoráveis e irresistíveis, porque são, QUASE SEMPRE, personagens... do que há de mais denso e mais bonito em mim.
És presença. E, mesmo quando és ausência, és muito mais do que saudade. És vontade de ver de novo, de ver mais, de ver mais perto, ver melhor. E tocar, de modo que, cada toque, eu tenha um pouco mais de ti em mim, para que não haja mais ausência. Te encontrar virou apenas uma questão de fechar os olhos. Tenho confundido ‘eu’ com ‘nós’. Mas essa confusão só me acontece porque eu tenho certeza de tudo o que eu sinto. E o que eu sinto é o tal do amor. Aquele surrado, mal falado, desacreditado e raro amor, que eu achava que não existia mais. Pois existe. E arrebata, atropela, derruba, o violento surto de felicidade causado pelo simples vislumbre do teu rosto… "

domingo, 18 de março de 2012

Mudança… 

Nós não gostamos dela. Nós a tememos. Mas não conseguimos evitá-la. Ou nos adaptamos e mudamos, ou somos deixados para trás. Dói crescer. Qualquer um que te disser que não, está mentindo. Mas aqui vai a verdade: às vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas… E às vezes… às vezes a mudança é boa… Às vezes a mudança… é tudo."
E eu conheci um casal. Que nem se apresentou como um casal... E me doeu, sabe? Porque me vi tanto no sofrimento daquela menina... ela nem sabia que se alvejava quando dava de presente pra qualquer outra pessoa aquilo que era o que havia de mais precioso pra ela... por medo. Explico. Passei sei lá quantos minutos daquela balada de explicando pra ela que ela não devia tratar como "mais um" aquele que era único pra ela. E eu não sei porque a gente se apavora tanto... acho que é porque de alguma forma maluca percebe que aquilo tudo é muito mais incrível do que vislumbra na vida... e às vezes a gente sabe. Às vezes simplesmente a gente sabe. Que não é igual. Que não adianta procurar na esquina... que é raro, especial, surreal. E eu não sei bem que tipo de pavor é esse que faz com que a gente abra mão exatamente por amar demais... exatamente porque quer que ele venha por vontade própria, por necessidade, por independência, por gozo. Eu não sei por que uma garota linda que acreditava que não era digna do garoto que ela insistentemente jogava em cima da primeira sem-graça, irrelevante, que aparecesse na esquina... por medo. Medo. Medo. Medo de ser considerada ela mesma irrelevante... e insuficiente... maior. Pra ele. Se parece irracional, é porque é. Talvez a gente tenha mesmo que liberar a história para o planeta e dizer... Vá. Vá. Eu deixo você ir... se você quiser. Mas às vezes, talvez só às vezes, a gente tenha é que dizer... não vá, eu quero você. Eu quero você porque você é a minha metade, você me completa, porque eu quero que você venha... e eu posso morrer de medo, porque talvez você não me ame como eu te amo, e talvez eu sofra, e talvez eu me ferre e.... Será que numa realidade muito alternativa... você não podia querer o mesmo também? 

Porque essa noite tinha uma centena de pessoas disponíveis, mas nenhum deles interessava... porque nunca, por mais que elas se esforcem, vão conseguir ocupar um lugar que é só seu. E eu não sei se isso faz de mim um idiota... talvez faça. Mas vou permanecer fiel ao que eu sinto... e quem sabe o universo me presenteie...

sexta-feira, 16 de março de 2012

Aquela Que Se Foi

No verão, depois do Ensino médio
No nosso primeiro encontro
Nós nos beijamos
Costumávamos falar sobre o nosso 
futuro como se soubéssemos de algo
Mas nunca planejei que um dia
Eu perderia você

Em uma outra vida, eu seria seu garoto
Nós manteríamos todas as nossas promessas,
Seriamos nós contra o mundo
Em uma outra vida, eu faria você ficar
Então, eu não tenho que dizer que você era
Aquela Que Se Foi, Aquela Que Se Foi

Eu era Johnny Cash e você era minha Jene
Nunca um sem o outro,
Nós fizemos um pacto
Às vezes eu sinto sua falta
Então coloco aquelas músicas para tocar
É hora de encarar a música
Eu não sou mais o seu muso

Em uma outra vida, eu seria seu garoto
Nós manteríamos todas as nossas promessas,
Seriamos nós contra o mundo
Em uma outra vida, eu faria você ficar
Então, eu não tenho que dizer que você era
Aquela Que Se Foi, Aquela Que Se Foi

Todo esse dinheiro não pode me comprar
Uma máquina do tempo, não
Não posso te substituir com um
Milhão de anéis, não
Eu deveria ter te dito o que você
Significava para mim
Porque agora eu pago o preço


Em uma outra vida, eu faria você ficar
Então, eu não tenho que dizer que você era
Aquela Que Se Foi
Aquela Que Se Foi

quinta-feira, 15 de março de 2012

Quantas e quantas vezes a gente não erra pelo excesso? Quantas e quantas vezes nossa vontade de acertar é tão grande que é justo ela que nos faz errar mais? E a gente cuida demais, protege demais, oferece mais do que deveria (e poderia)... tantas vezes... Tudo errado. Só podemos trilhar o nosso próprio caminho. Não devemos (nem se amarmos MUITO) desrespeitar o espaço e TENTAR DAR OS PASSOS que só competem ao outro. O problema do outro continua sendo do outro, por mais que você o ame. E não faz parte da sua missão "resolver".  É difícil não intervir... eu sei. Quando a gente ama muito é incrivelmente difícil, não pensar, propor, elocubrar soluções mirabolantes, mas...

"O viajante sentia-se solitário ao sair de uma missa. De repente, foi abordado por um amigo: — Preciso muito falar com você — ele disse. O viajante viu naquele encontro um sinal, e ficou tão entusiasmado que começou a conversar sobre tudo que considerava importante. Falou das bênçãos de Deus, de amor, disse que o amigo era um sinal de seu anjo — pois sentia-se solitário minutos atrás, e agora tinha companhia. O outro escutou tudo em silêncio, agradeceu e foi embora. Em vez de alegria, o viajante sentiu-se mais solitário que nunca. Mais tarde se deu conta — no seu entusiasmo, não tinha dado atenção ao pedido daquele amigo: falar. O viajante olhou o chão, e viu suas palavras jogadas na calçada — porque o universo estava querendo outra coisa naquela hora."


Às vezes por mais que você queira ajudar, o universo pede uma coisa diferente. E você fica com aquela sensação de que fez/falou/decidiu tudo errado... exatamente porque não era seu o papel de fazer/falar/decidir. Ensinamento básico dado a qualquer iniciante: Nunca se deve desprezar a possibilidade de conter os estados de ânimo do seu próprio coração, de acordo com as circunstâncias é preciso saber se conter. É preciso saber se conter...

É tentar aprender.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Me lembrei de como eu me sentia tempos atrás, da dor e da incompreensão. Me lembrei do sentimento de fé. Às vezes a gente faz tanto drama. Se a gente olha pra trás e lembra das coisas que já viveu e sobreviveu consegue perceber que é tão mais forte do que cotidianamente vislumbra...

 E, cada vez que eu tiver vontade de desistir do que eu mais quero, vou me lembrar que Deus nunca deixou de estar comigo... mesmo quando eu não merecia. Mesmo quando o mandei embora. Mesmo quando eu sequer imaginaria que Ele continuaria... aqui.
Você acha que Deus se importa com futebol?
-- Eu acho que Deus se importa com sua fé, ele se importa com seu coração. Então se você levar a sua fé para o campo, então sim ele se importa com futebol, porque ele se importa com você. E, se nós vencermos, nós o louvaremos. E, se nós perdermos, nós o louvaremos. Então eu lhes pergunto: Pelo que estão vivendo?   Resolvi dar a Deus tudo de mim. Os resultados eu deixo por conta dele.

Eu preciso de um filme desses bem hollywood em que eu seja o personagem principal. O mocinho, sabe? E em que a narrativa me livre da angústia, do medo, do apavoramento de fazer tudo errado e de novo. Talvez eu estivesse numa rua dessas em que tivesse uma feira de frutas e objetos usados, talvez eu cheirasse uma flor. Talvez eu fizesse uma gracinha com o cachorro. Acho que o maior poder que alguém pode se conceder é o de privilegiar e só permitir na sua vida aquilo que lhe assegure alguma estabilidade emocional. Eu não sei se a gente tem esse tipo de controle (ou nunca faria nada que se desafiasse na vida), mas ah... no meu filme hollywood... No meu filme hollywood, enquanto eu comprasse laranjas, você me traria uma tulipa encarnecida.  Sabe quando você tem a sensação de ter rabiscado todas as folhas do caderno pra ver se aprendia a fazer a tal da conta matemática que ainda parece uma incógnita? No meu filme, eu cansei do caderno. Eu sei lá o que isso se significa... Eu só sei que cansei do caderno. Porque talvez para encontrar a tal da serenidade, aquilo que a gente mais queira SIMPLESMENTE não possa nos interessar mais. Talvez seja a isso que se chame desapego...  Mas eu ainda queria, sabe? A tal da vaga e do cargo, o tal do carro vermelho, o apartamento com banheira, a fazendai, o berço pro nosso filho e a nossa história de amor...Ou talvez eu só esteja tão, mas tão apegado a tudo com que sempre sonhei nessa vida que não saiba mais de verdade o que é importante pra mim. Talvez eu só precise desistir pra saber... Talvez eu só precise desistir pra saber. E, quem sabe, até roubar aquela metáfora do filme... keep breathing (continue respirando)... Afinal, quem sabe o que nos trará a maré?
Quem sabe o que nos trará a maré? É isso aí.
Volte os olhos para seu passado e diga: Eu fiz o que pude, com o conhecimento e a compreensão que possuía naquele momento. Não se culpe por mais nada. Leve as mãos ao seu coração e diga: 

"Eu deixo o meu passado ir embora de uma vez.
A calma? Creio é no poema vivido.
Sem ele é triste, e na medida em que se quis intenso o poema. Não pares de amar apenas por eu ter dado motivo para isso. O amor é maior que a vida. Perdoa a vida. Perdoaria até a mim. Traz a água antes de vir a sede. Traz a sede que descobriremos a fonte."
"E você pode fazer revelações que lhe são muito difíceis
e as pessoas o olharem de maneira esquisita, sem entender nada do que você disse nem por que eram tão importantes que você quase chorou quando estava falando.
Isso é pior, eu acho.
Quando o segredo fica trancado lá dentro
não por falta de um narrador, mas de alguém que compreenda."

terça-feira, 6 de março de 2012

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem. Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre

segunda-feira, 5 de março de 2012

Ao longo desses anos, tanta gente me falou que não valia a pena. Tanta gente me falou que eu me expunha e em vão. Mas sempre "comprei as brigas", sabe? Porque acreditava que estava do lado certo, com gente em que eu confiava. Mas sério? Sério que vocês esqueceram tudo e, de uma hora pra outra, eu passei a ser "aquela pessoa"?  Eu não sei quem foi que disse pra gente que a gente devia desejar menos do universo para "não se decepcionar". Acho até que eu já disse. Acho que eu já disse que frustração nada mais era do que ter esperado demais de algo que simplesmente não podia ser. Quem diria... eu com síndrome de eva. Se a gente se decepciona porque esperou demais, paciência! Vai começar a esperar 'de menos'? Não. A culpa não é sua! A culpa não é sua se o tamanho dos seus sonhos é... estratosférico! Sonhe, sonhe, sonhe... é sonhar que leva a gente pra frente. Mas IMPLEMENTE. Estabeleça metas, defina percursos, trabalhe com prazer, com tesão e com vontade, porque viver é principalmente trilhar o caminho da conquista. E se não for, não foi. Redefina, modifique, repense. MAS NÃO ACEITE MENOS, SIMPLESMENTE PORQUE VOCÊ MORRE DE MEDO DE SE FRUSTRAR COM A POSSIBILIDADE DE NÃO CONSEGUIR MAIS. É isso aí. Desejo de gritar que 2012 é meu. Como o será 2013, and so on... Como eu sempre costumo dizer, se você achar que merece pouco, pouco é exatamente o que o universo entregará pra você...
E se uma coisinha que eu dissesse ou fizesse pudesse fazer tudo desmoronar? E se eu tivesse escolhido outra vida para mim? Ou outra pessoa? Talvez nunca nos encontrássemos. E se eu tivesse sido criado diferente? E se eu tivesse um bom pai? E se...

Sua vida é uma bênção. Aceite isso. Não importa se é ferrada ou sofrida. Algumas coisas vão se desenrolar como se fosse o destino."
 
"O amor, quando acaba, parece que ele nunca existiu. Você olha pra pessoa e ela vira uma mosca, assim, na sua frente. Aí você fala “Pô, eu quase me matei por uma porcaria dessa ai.” Sabe? O nosso amor a gente inventa, você se apaixona por uma imagem, não pelo o que a pessoa é mesmo."


Cazuza
Posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das 
lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieto, muito quieto
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.

"A calma? Creio é no poema vivido.
Sem ele é triste, e na medida em 
que se quis intenso o poema.
Não pares de amar apenas por 
eu ter dado motivo para isso.
O amor é maior que a vida. 
Perdoa a vida. Perdoaria até a mim.
Traz a água antes de vir a sede. 
Traz a sede que descobriremos a fonte."