quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Olhou-se no espelho como quem olha a um estranho... com admiração e um pouco de susto. Gostava da mulher que se tornara. Às vezes era um pouco mais crítica do que sua própria subjetividade aguentava, mas como uma flor que também se recolhe para ressurgir mais bonita, sabia que sua primavera estava próxima... e prosseguiu decidida.

Acho que o grande mal da década é a apatia. A gente vê por aí tantas pessoas sem saber o que querem exatamente, para onde vão, o que buscar, com que sonhar, o que almejar que, de resultado, a gente começa a perceber gerações inteiras beirando quase que instantaneamente à depressão. Garotos, garotas, jovens rapazes, homens adultos, jovens senhoras, sem vontade de... viver? Isso é triste e realmente curioso. Se sairmos e perguntarmos a qualquer pessoa que cruze conosco na rua "Ei, e aí? você quer mesmo ser feliz?" é certo que essa pessoa vai mesmo é dar risada. Todo mundo que existe acho que sempre quer ser. Mas a pergunta que pra mim é mais importante é... sem saber o que te traz felicidade, é possível mesmo que você a encontre ou a alcance? As pessoas se fecham em círculos, cada vez mais e mais fechados, trabalham, fixam metas, as alcançam, e tantas vezes continuam tão... tristes. Acho que isso já devia ser indicativo de que a felicidade não está ligada ao alcance de metas. Se a gente relaciona felicidade a estado de ânimo transfere a responsabilidade pela nossa vida, pela nossa alegria para os outros... sabe? "Então eu vou ser feliz quando conseguir o emprego...", "... ou o aumento", "...ou a casa nova", "o namorado novo", "o corpo dos sonhos" ou... qualquer outra coisa que vai estar sempre distante da gente. Acho que felicidade não tem a ver com nada disso. Nada, nada, nada disso. Não sei dizer com que exatamente ela tem a ver, mas... certamente a felicidade não está ligada ao alcance de metas de sucesso, fama, poder... (Já repararam como são altas as taxas de suicídio no Japão? Ou entre jovens de classe alta em diversos países do mundo? Ou até mesmo entre a classe média de Brasília? (Havia uma matéria no jornal de hoje sobre isso...)

Voltando a falar da apatia...

(a.pa. ti.a)
1. Estado de insensibilidade, de quem não é suscetível a nenhuma emoção; INDIFERENÇA
2. Indolência; falta absoluta de energia
3. Fil. Estado em que a alma se torna insensível às paixões e à dor

O que te dá tesão? O que pira a sua cabeça? O que faz você suspirar mais forte? Se lançar sem medo? Transpirar? COM VONTADE? Não sei se é isso que lhe trará felicidade, mas acho que já um bom começo. Faça... faça sozinho, faça acompanhado, faça por você e faça AGORA. Reinvente-se for o caso. Se permita redescobrir que pessoa é essa que você às vezes encontra, mas da qual às vezes se perde no espelho... SEJA o que estiver com vontade de ser. Não transferir a responsabilidade dessa decisão (que é apenas sua) a outras pessoas pode ser o mais complicado de tudo. Porque se a gente perceber que, em última instância, o que nos paralisa é o nosso medo, ou autocrítica, talvez a gente tenha que tomar de verdade a decisão de fazer algo que nos retire dessa letargia... que nos faça pulsar, transpirar, enlouquecer, viver... e, apesar de qualquer pessoa normal se indagada responder que quer mesmo é ser feliz, no fundo deixo mesmo é a pergunta que você deve fazer a você... Será? O que eu mesmo estou disposto a fazer?

É isso. O desafio de hoje é combater com todas as suas forças a apatia.
Só hoje... Só hoje... =))

[Sempre e a cada novo dia.]

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