quinta-feira, 28 de abril de 2011

Todo mundo sabe como sou encantado por acasos graciosos que recebo como presentes... Hoje, foi uma canção na voz da Leila Pinheiro. Meus prazos estão todos no fim, a leveza que eu senti quando as notas dessa música percorram todos os cantos da minha sala vindo de uma janela vizinha me fez parar um instante pra sorrir como bobo e respirar bem fundo enquanto cantarolava...
♪♫
Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo...
♪♫

Pra mim era um sinal. E dois minutos viraram cinquenta... Se a gente não se presenteia, se a gente não se der de presente esses momentos silenciosos em que só pensa na gente, quem é que vai dar? Vou pensar nos meus prazos. Ou fazer o que tenho pra fazer, talvez... Será que a vida é muito mais que isso? .... Encontros fortuitos que acontecem entre almas? Escolheria para fundo um fado, para cidade alguma em que existissem pontes (que nos levam de lados diversos a lados inúmeros), para dia uma noite comum, sem nada especial, em que o tédio fosse surpreendido por algo sublime e intenso. E na cena final do meu filme, aquela que nada mais é que uma suspensão de um enredo, as letrinhas subiriam enquanto ela, narradora, essenciasse em profusões. Não me importam os caminhos por onde me levará a poesia. Nem se ela escorre na página em branco ou numa pele macia. Se construção arquitetada ou estilhaços de versos, não me importam seus processos. E eu, telespectador, concluiria em pensamentos... É que é de inconsistências, principalmente, que são moldados os nossos destinos. Aqui e ali. Por (im)permanências. É que tudo, mesmo quando é definitivo, não é mais que por enquanto.... Enquanto se vive.

Nenhum comentário:

Postar um comentário