Todo mundo sabe como sou encantado por acasos graciosos que recebo como presentes... Hoje, foi uma canção na voz da Leila Pinheiro. Meus prazos estão todos no fim, a leveza que eu senti quando as notas dessa música percorram todos os cantos da minha sala vindo de uma janela vizinha me fez parar um instante pra sorrir como bobo e respirar bem fundo enquanto cantarolava... Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo...
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Pra mim era um sinal. E dois minutos viraram cinquenta... Se a gente não se presenteia, se a gente não se der de presente esses momentos silenciosos em que só pensa na gente, quem é que vai dar? Vou pensar nos meus prazos. Ou fazer o que tenho pra fazer, talvez... Será que a vida é muito mais que isso? .... Encontros fortuitos que acontecem entre almas? Escolheria para fundo um fado, para cidade alguma em que existissem pontes (que nos levam de lados diversos a lados inúmeros), para dia uma noite comum, sem nada especial, em que o tédio fosse surpreendido por algo sublime e intenso. E na cena final do meu filme, aquela que nada mais é que uma suspensão de um enredo, as letrinhas subiriam enquanto ela, narradora, essenciasse em profusões. Não me importam os caminhos por onde me levará a poesia. Nem se ela escorre na página em branco ou numa pele macia. Se construção arquitetada ou estilhaços de versos, não me importam seus processos. E eu, telespectador, concluiria em pensamentos... É que é de inconsistências, principalmente, que são moldados os nossos destinos. Aqui e ali. Por (im)permanências. É que tudo, mesmo quando é definitivo, não é mais que por enquanto.... Enquanto se vive.
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