quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu sou inconstante e é por isso que me sobram dedos nas mãos quando chega a hora de contar os amigos. Todos eles tão altamente concentrados na mudança do próprio umbigo que não notam quem eu verdadeiramente sou. Irracional foi a palavra que usaram para as pessoas que me fazem mal. E eu nem sequer precisei acusar nenhum crime ou tentativa. Muitas das coisas que eu escrevo não fazem sentido, eu simplesmente sento e vou escrevendo, até esvaziar completamente a cabeça.. Então se você conseguir ler isso até o fim, obrigada por ouvir um desabafo e tanto. Há dias eu tô sem ânimo, sem energia, e só durmo. Eu acordo as onze e durmo a tarde toda, mal saio de casa e já sonho acordado com a minha cama. Sinto cheiro de comida e sinto sono. Esquisito, né? Não! Isso é o que gente “vampiresca” pode fazer. É muito bonitinho ler nesses livros de romance que vampiros são criaturas adoráveis ou detestáveis, que sugam teu sangue por um buraquinho pequeno no teu pescoço. Não é assim. A todo momento tem alguém sabotando do teu corpo em buracos muito maiores espalhados por todas as partes, não teu sangue, não no teu pescoço. Sabotam tua vontade e sabe-se lá quantas maneiras existem pra esses vampiros do mundo real nos matarem. Vivos em corpo e mortos de espírito, é assim que eu vejo. A todo momento eu olho pro lado e vejo mais e mais caninos afiados afim de roubar mais um pouco da minha vontade. Minha. E é por ela ser tão minha que eu não aceito. Tô em tempo de ser o que eu nunca imaginei que seria: Egoísta. Olhar pra dentro do meu umbigo e arranjar forças pra dispensar qualquer tipo de ajuda. Depois olhar pra fora e iluminar tudo de uma vez só. Dizer de uma vez por todas que eu voltei mais forte do que nunca. Que eu gosto das minhas antigas amizades, gosto das músicas antigas, de lugares sem graça, de viajar pra lugares onde não tenha festa nenhuma a não ser a de pijama. Dizer que não me agrada falar da vida de ninguém, porque não me agrada ouvir que falem da minha. Que tá fora de moda ser tão dentro da moda. Que é pra você ser pra você aquilo que você quer. Falar e escrever a palavra “você” quantas vezes forem necessárias até dar a quem ouve e lê a idéia de que é necessário “mudar muito pra ser sempre o mesmo”, porque fazer e acolher a vontade de todos ao mesmo tempo está fora do alcance de qualquer pessoa. Que Deus me deu amigos e não uma casa cheia de bonecas pra montar com a roupa que quer e brincar na estação que você bem entender.

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