quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Controlar os erros

Eu cheguei ao fim do dia de hoje tão sem energia. Cansado de um jeito diferente, pesado e difícil. Saí do trabalho me perguntando o que havia acontecido de tão diferente... Descobri, depois de uma caminhada e uma oração, que era eu que havia acontecido. No dia de hoje, era eu que havia acontecido diferente.

A gente quase nunca pode controlar a ação dos outros e que tipo de sentimentos essas ações despertam na gente. Mas a gente quase sempre pode controlar que tipo de sentimentos a gente alimenta. Hoje eu escolhi alimentar os piores. E mesmo que eles não tenham saído pro mundo e causado transtorno aos outros, eles envenenaram a mim.

É difícil essa coisa de se espiritualizar e tentar a tal da reforma íntima. Aquela que diz pra gente que antes de achar o problema dos outros precisa resolver os problemas da gente. É difícil alimentar a doçura e a bondade em contextos que tantas vezes solicitam grossura da gente. É difícil não ser automático. Como uma pistola que responde ao impulso. Mas eu tento. Os únicos erros que consigo consertar são os meus. Só os meus erros eu controlo. Só os meus.

Saber disso já deve me valer de alguma coisa. Talvez

2 comentários:

  1. É... a reforma íntima é difícil e dolorosa porque estamos frente à frente com nós mesmos. Mas vale a pena em insistimos a ver o nosso erro antes de vermos os dos outros. Assim evitamos mais dores e dissabores e novos sentimentos ruins. Lindo e verdadeiro texto.

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