Pelos meus olhos eu posso ver a minha dor, a minha angustia. Ela é profunda e me cosome por inteiro, custa ser eu mesmo por que nada realmente parece ser meu, é um mundo inteiro de dor e um mundo inteiro de amor. Posso sentir as almas, são tantas, elas todas cheias de pensamentos e sentimentos, mas nenhuma delas é a minha alma, em nenhuma delas eu sinto algo igual, sou como uma nuvem carregada que por mais que o vento leve eu sempre vou estar embaixo dela. Meus sonhos, minhas lágrimas, de tudo eu preciso para respirar, para viver. Inexplicável no meio de tantas explicações. Suspiro entre as minhas lágrimas e sei que queria poder apenas abraçar, enxugar com a minha alma todas as minhas dores, limpar o meu coração todas as tristezas... É muito mais frustrante do que parece assistir a sua derrota, a sua queda. Ver todas essas correntes envolta do seu corpo, o destruindo aos poucos é como arrancar e plantar o meu coração de volta varias e varias vezes, talvez quisesse perder um pouco a razão...
Minhas lágrimas presas no coração despedaçado são meros detalhes de um ninguém, que um nada. Olho minhas mãos tremulas e sei que esse não sou eu, essa pessoa não consegue ser nada do que eu um dia eu quis ser, nunca lutou por aquilo que eu almejei. Acabar com a dor, não. Eu não posso acabar com a dor, ela também sou eu, um parte de mim. Ninguém sabe e nem eu mesmo imagino, mas nas luz dos meus olhos eu me vejo, eu me sinto. Nos meus olhos eu posso viajar pela dor, caminhar entre os pedaços do meu ser e ver cada uma das minhas chagas.
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