É
que história pra ser história tinha que ter algum mistério. Tinha que
ter um quê de romance, mas de início sem parecer romance, meio como o
começo de algum filme em que a gente ainda não conseguiu descobrir se a
trama vai ser boa ou ruim. Mas é porque quando a gente escreve a gente
precisa saber com certeza que diabos é isso que a gente sente, mesmo
antes do que aquilo que a gente sinta exista. Fez sentido? Acho que não.
Coisa de doido. Coisa de gente maluca escrever sobre um sentimento que
ainda nem se sabe sequer se é sentimento. E escrever como se fosse o
derradeiro, único, indiscutível, irreversível... Ela não fazia ideia do
que estava sentindo, mas que ela sentia, ela sentia. Sei lá quê. Um
arrepio, um encantamento, uma vontade de ficar mais, ver de novo. E era
só. Tentou dar sentido para aquilo tudo, não conseguiu e se lembrou de
uma frase... Que importa o sentido se tudo vibra? Deu de ombros, apertou
o replay na faixa três e prosseguiu bem assim.
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