domingo, 27 de março de 2011

Eu, que já disse tantas vezes ter dificuldade em encerrar ciclos, me vi hoje fechando uma das fases mais importantes da minha vida: a tão partida chegou, eu agora não moro mais em casa e estou com todas as responsabilidade e deveres em mãos como nunca. Ainda não sei se foi uma decisão feliz pq ainda é tão cedo. Durante a viagem eu não contive as lágrimas por ter agora plena certeza da responsabilidade que carrego, e espero que toda a luta, toda a superação, as lágrimas e sorrisos que me acompanharam nessa jornada me ajudem nessa nova batalha. Horas de viagem em que a chuva foi minha companheira.

sexta-feira, 25 de março de 2011

“Foi então que o vento começou a soprar. Compreendi que viver é isto. Uma canoa que a vida nos empresta e só vale o quanto temos disposição para remar. Tenho medo que a minha termine num gemido afogado, por ter batido em uma rocha atormentada por lembranças que ela decidiu petrificar. Mas preferi acreditar que o temporal passaria largo e ao invés de se despedaçar eu a encontraria reluzente sobre as águas. Às vezes eu fico de pé dentro dela, gosto de olhar a travessia. Gosto de forçar o remo e sentir como é bonita a maneira como ela deixa tudo para trás. Olho para as margens e vejo o sol mergulhar no horizonte. Vejo as flores, os bosques, os prados, os jardins, as florestas e seus bichos correndo para os montes. Quero um mundo com o qual eu possa me emocionar. Quero ter a soberania de uma borboleta almirante e cessar fogo no entrecortar de minhas asas. Quero uma paisagem pela qual valha a pena lutar. Chega de me estraçalhar em guerras para as quais eu nunca tive armas. A alma sabe quando o corpo tem que parar.”
"Eu quero queimar, mesmo se eu me partir. Eu vivo apenas pelo êxtase. Nada mais me afeta. Pequenas doses, amor moderado - tudo isso me deixa com frio. Eu gosto de extravagância, calor... sensualidade que explode o termômetro! Eu sou neurótico, pervertido, destrutivo, ardente, perigoso - lava, inflamável, livre. Me sinto como um animal selvagem fugindo do cativeiro."

*

"Penso que se escreve para um mundo onde se possa viver..."

quarta-feira, 23 de março de 2011

Outro dia conversava com um amigo que dizia que estava cansado de ficar sozinho e que não aguentava mais não namorar. Disse a ele que ele continuava sozinho porque era do desejo dele. Ele relutou e disse que eu não sabia de nada. E o fato é que por muito tempo pensei como ele. Hoje percebo bem que se temos alguém a nosso lado que não nos satisfaz ou que nos traz algum sofrimento é porque essa pessoa atende a alguma outra necessidade que talvez a gente nem perceba, mas no momento é mais importante e mais forte. Da mesma forma que se não temos ninguém a nosso lado pode ser porque, de alguma forma, preferimos isso; ou por medo, ou por egoísmo, ou por achar que ninguém é bom o suficiente, mas é sempre uma escolha NOSSA. Ninguém está destinado a ficar sozinho: a solidão afetiva é uma escolha pessoal como a maior parte dos caminhos que tomamos na vida. Ela não é obra do acaso ou da falta de sorte. A gente escolhe estar sozinho ou acompanhado baseado no nosso entendimento daquilo que é melhor para nós e daquilo que não vai nos fazer sofrer. Venho colecionando uma série de (des)experiências amorosas com os mais diversos tipos de perfis, que se resumem a uma que apenas NÃO inclui aquela que me desestruturaria PRINCIPALMENTE intelectualmente. A verdade sempre foi... se me ameaça, eu fujo. Ou me entedio. Como é isso? As pessoas com que fiquei/ me interessei/ cheguei a sair ao longo desses anos possuíam quase todas o mesmo perfil destinado a me "desagradar"... De certa forma, me interessando sempre pelo mesmo perfil que fatalmente me decepcionaria eu estava "liberada", da minha cobrança consciente inclusive, de quaisquer exigências que nossa cultura pode ter... já que "eu tentei ué, ele que errou".  Apesar de eu passar longe de ser qualquer pessoa perfeita, sigo cobrando perfeições. E descarto pessoas à primeira quebra de expectativa. Se isso é triste? É muito... Meus padrões são tão altos que acho impossível a qualquer ser minimamente humano atendê-los algum dia. Mas o fato de eu ter consciência disso não faz com que eu consiga me livrar disso... e eu vou classificar e vou rotular e vou matar raízes antes que elas cresçam e me prendam. Porque pode ser muito mais difícil estar preso ainda que amado. Porque a vulnerabilidade assusta e a insegurança apavora. Porque sentir... me afasta da sensação de controle tantas vezes imprescindível e necessária. Mesmo que burro. Porque eu vou exigir certezas mesmo que eu nunca as tenha. Porque vou inventar histórias que me transformam... na versão que eu quero de mim.  O papo do início era com o amigo, mas acho que no fim quis (re)dizer foi para mim. Se uma pessoa sempre projeta alguém irreal ou que não pode ter, no fundo ela não pode querer ter, certo? Da mesma forma que a conversa, acho que talvez também seja para mim, e apenas para mim .... A gente só não vê se não quiser. Só não recebe se não quiser. No fundo, é simples assim. Acho que ainda existe um lado muito romântico meu que acredita insanamente em finais felizes e tramas mirabolantes... e talvez só deseje suspirar ao ouvir: "Apesar de todas as paredes que você construiu, permaneço aqui. Você não precisa contar só com si mesma..."

terça-feira, 22 de março de 2011

 "Não é demonstração de saúde ser bem ajustado a uma sociedade profundamente doente."


 Em que parte do caminho você perdeu os seus princípios? Outro dia pensava sobre como já havia me sentido, tantas e tantas vezes, perdido e "fora do lugar" em um universo onde "deixar-se ir", sem conflitos e sem ética, parecia comum e trivial... É tão "normal" ver as pessoas se vendendo por favores, eventos, posições, festas, carros, notinhas de jornal... é tão "normal" ver todo mundo pegando todo mundo, porque "o que é que tem? pagando bem que mal tem?" que sei lá... às vezes me sinto um ET. Eu não acho normal. Tento não usar o meu "quadro" de leitura do mundo como o único pra não correr o risco de ser injusto com pessoas q até gosto, mas eu não acho normal ver essa quantidade de meninas cada vez maior achando "bacana" trepar pra se "dar bem", cada vez mais sem valor e sem princípio. Podem me chamar de careta. Acho que a banalização que a gente tem dado pro sexo tem relativizado muito mais coisas do que deveria... Tem relativizado o caráter. É a menina que "dá" pra pagar x ou y, ou a mocinha que "dá" pra conseguir w ou z, ou o garoto que "dá" porque a festa n pode abrir muitas portas e... Eu não sei quando foi que a prostituição virou uma coisa trivial e normal. Ou bacana. Pra mim, não virou. Eu acho realmente triste que uma quantidade cada vez maior de meninos e meninas banalizem as suas vidas e os seus corpos, tratando-os com o desprezo de quem trata algo que se acha jogado na esquina. Dou mais valor na menina ou no menino da balada que decidem POR SI escutar a sua vontade de tesão e de prazer ocasional, do que no menino ou na menina que usam o sexo como MOEDA de troca de favores. E eu julgo... Acho feio julgar, mas eu julgo. Me entristeço por essas pessoas... tantas tão lindas... mas sem qualquer perspectiva... de ALMA.

 Existe um "preço" pra tudo na vida. É o valor de cada um que é relativo... Só. Em tempo: vou morrer "idiota" e com muito orgulho de ser "idiota". Aprendi e se Deus quiser e me der forças, é assim que eu quero ensinar pro filho que eu terei algum dia.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Eu não sei de onde vem essa força que me leva pra você. Eu só sei que, faz bem mas confesso que no fundo eu duvidei. Tive medo e em segredo, guardei o sentimento e me sufoquei. Mas agora é a hora, eu vou gritar pra todo mundo de uma vez

Eu tô apaixonado Eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer Amar não é pecado E se eu tiver errado, que se dane o mundo, eu só quero você

E aí no fim daquele episódio, um se antecipa só pra descobrir que o outro não era nada do que esperava que fosse. De um lado as flores e o coração, do outro a verdade nua em retorno. E o movimento de maior coragem que jamais fora possível a um, era muito, muito menos do que merecia e esperava o outro. E foi quando, entre a decepção e o desespero, brusca e definitiva a partida... genuinamente o choro. Sem lágrimas.

E o que era só roteiro de entre temporadas de uma série britânica, me deu de presente uma metáfora, uma música... É que às vezes o que de melhor alguém pode dar ainda parece é muito pouco. Não faço ideia do que quero, mas ter certeza do que eu não quero já é muita coisa. Eu sei.

♪♫ I ain't lost, just wandering... ♪♫
[Não estou perdido, só pensando...]
'Eles se amam, todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha.  Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada.  Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro.E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz.  Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer.  E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.''

sábado, 19 de março de 2011

"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção."
"Hoje eu tive uma das experiências + fortes da minha vida. Não havia nada além de um espelho e palavras q eu dizia pros outros, + tive q me dizer olhando nos olhos + tristes q já tive. Minha voz tava embargada, + meu coração tinha certeza do q dizia. Minha fisionomia mudou, e eu consegui gargalhar novamente por ser exatamente como quem estou me tornando. Eu estava me fazendo muita falta."

terça-feira, 15 de março de 2011


“(...) regras não servem pra mim. Não tenho vocação pra bailarino, tenho fobia de linha reta, tenho o corpo livre, o espírito solto, sou do mundo, das pessoas, das conquistas, das novidades, vou construindo fatos e lembranças nas esquinas. A vida que tem lá fora gritou e eu não ouvi. Agora me movo a passos curtos, ziguezagueando por entre mudas de flores recentes que querem ser botão. Eu quero terra viva que se mova e me faça mover.”
Numa moldura clara e simples, sou aquilo que se vê! Sou eu mesmo, sem máscaras... Não sou pessoa de duas frases, apenas. Sou um livro todo. Escrito por mim e para mim. Vivido, folha por folha, apaixonadamente. Daqueles livros que a gente não sabe bem em que gênero enquadrar. Daqueles que não foram feitos para vender. Tenho medo de envelhecer sem ter o que contar. Medo que o tempo passe em vão e que não dê tempo de fazer o que planejei! Não sou apenas o que você vê! Sou, principalmente, o que você não vê. Desculpe, não faço o gênero: gostoso, lindo e burro! Tenho uma opinião, imparcial, a meu respeito e sobre muitas outras coisas... Acredito nas pessoas, no mundo melhor. Reconheço: sou gênioso. Cultivo muitas lembranças. Minha infância foi o maior presente. Sou tão novo e tão nostálgico. Como dizia uma poetisa, tenho saudades sei lá de quê. Não sou perfeito, mas tenho um ponto positivo... ACREDITO EM DEUS! Tenho sonhos. Ahhh, meus sonhos..! Tenho projetos. Adoro dar risada, ser feliz e fazer pessoas felizes. De pessoas negativas, mantenho distância! Apaixono-me todos os dias, pela vida
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se a menina beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ela faça pacto de sangue também? Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severo consigo mesmo, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho". Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. 

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

"...Mas só poderei me aproximar dos outros depois que começar a desvendar a mim mesmo. Antes de estender os braços, preciso saber o que há dentro desses braços, porque não quero dar somente o vazio. Também não quero me buscar nos outros, me amoldar ao que eles pensam, e no fim não saber distinguir o pensar deles do meu."
“Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solto. É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhado. Estar sozinho é estar solto e no entanto, é estar amarrado ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, divagar. Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. E você torce para que aconteça com a sua melhor amiga, ou com aquela mulher que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão. Estar sozinho é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais. Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido […] É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada.”

sexta-feira, 11 de março de 2011

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: faz de conta que eu não sofro.  

Quando as estrelas começaram a cair do céu e a se transformar em gotas de ouro em suas mãos, ela demorou a acreditar. Falta de fé, sua avó dizia. É despreparo para a grandeza, ela respondia. E chorou baixinho, com medo do porvir

"Publicar um texto é um jeito educado de dizer: "Me empresta seu peito porque a dor não tá cabendo só no meu

quinta-feira, 10 de março de 2011

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ela para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter. Saudade é não saber. Não saber mais se ela continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ela ainda usa o vestido que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ela aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ela continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ela continua sorrindo, se ela continua dançando, se ela continua pescando, se ela continua lhe amando. Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber. Não querer saber se ela está com outrp, se ela está feliz, se ea está mais magra, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama e ainda assim, doer.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Eu espero que a vida te trate bem
E espero que você tenha
Tudo que sonhou
E desejo, pra você prazer
E felicidade
Mas, acima disso tudo, 
eu desejo pra você amor

E eu sempre amarei você
"Se saio com quatro pedras na mão
me chamam de doido.
Eu sorrio e os apedrejo,
para aprenderem
que os loucos têm perfeita pontaria."

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval, festa de sonhos e fantasias, sonhos que vão com os foliões e fantasias que estão na cabeça e no corpo, enfeitando o desejo de ser feliz. No carnaval se encontra a chance de uma conquista á muito buscada e á cada ano em cada carnaval se renovam as esperanças. No balancê de cada roda, se encontra a alegria e empolgação que unida ao desejo de ser feliz, realiza a satisfação do carnavalesco na avenida. Como diz a letra da velha canção, "mais de mil palhaços no salão", palhaços do riso, do choro, da alegria exagerada e muitas vezes vítimas de suas próprias palhaçadas. Não tem como conter a alegria de foliões exaltados, se na avenida estão todos seus sonhos e desejos, sentimento de liberdade, com sabor de amor e amizade. Carnaval é assim, um pouco de tudo, e tudo muito assimilado á mais emocionante das tradições, se os romances são mais acentuados no carnaval, as desilusões vem no mesmo ritmo; rítimo esse que é difícil ser controlado por pessoas desprovidas de cautela. Felicidade acima dos níveis de cuidados, sem parâmetros para a alegria, como se no carnaval valesse tudo, se não vale!! folião bom é folião apaixonado. Na virtude do carnaval se encontram os poetas das passarelas que embalam a festa fazendo seus enredos e lavando o carnaval ao nível das grandes obras. Quem sabe, é o que deixa a melhor impressão do carnaval, seja no talento de artistas muito bem inspirados pela alegria, ao fazer sua vida dar uma volta sem precedentes. Ao menos a beleza de mulheres com corpos exuberantes, fazendo da avenida uma passarela com o glamour da beleza feminina, levantando o desejo de todos alí presentes. Carnaval é isso, é uma bateria com milhares de participantes á sincronizar um rítimo que embala desde os simples brincantes aos mais sérios e elegantes. Um trabalho de mestres que sem temer o resultado final confia na sua equipe e faz do seu trabalho uma bela resposta aos ouvidos mais afinados. Dentro da festa não existem somente um rei uma rainha, todos reinam em uma adversidade sem fim, como fazendo um pacto para a felicidade não escapar ao som do tamborim. Seria então um acumulo de ações em prol da alegria, uma legião de “alegretes” pulando e se divertindo numa felicidade sem fim. Realmente a felicidade reina nesse lugar, pois o mais problemático dos homens em plena passarela da alegria se vê transformado em senhor da euforia, que domina seus sonhos como uma fantasia real, mesmo sendo a realidade desleal. Carnaval é isso, meninas ainda criança num sonho de gente grande, senhoras balzaquianas num sonho de adolescente, e assim a alegria toma conta do coração, levando consigo todo uma perspectiva de no final sair feliz, completa e plenamente. Uma festa que é sinônimo de alegria, sobre tudo o carnaval joga pra longe o entristecer que a rotina do dia-dia os coloca, mas é uma alegria momentânea e sem fundamentos para a vida. Uma vida que é vivida através da expectativa de outros carnavais, com a felicidade se fazer presente, o amor ser um participante e ter a alegria como amante. Carnaval é assim, toda grandeza de uma esplêndida apresentação, muito brilho, muita animação, mas na quarta feira, retorna o inferno e a queimar se vê toda a alegria com a chegada da realidade num imenso caldeirão, devolvendo a rotina da vida ao coração.

Ahhh, e lá vem o carnaval! Eu gosto dessa época !
Quinta à noite, não muito diferente de outras quintas, sextas, sábados... Os amigos ligando e convidando pra barzinho, balada. Não tô a fim. Isso não mereceria um texto se não fosse uma coisa tão recorrente, mas tão recorrente, que fizesse eu me sentir um velho, tipo uns trinta anos a mais, cada vez que repetidamente digo não. Sabe quando você não sente mais a mínima vontade de se socializar? Nada, nada? E eu nunca fiz o gênero antissocial. Ontem conversava com outra amiga sobre isso. Ela na mesma vibe que eu. Uma meia dúzia de relacionamentos superficiais e infrutíferos, que despertam excitação, mas que nunca acordam o tesão. Aquele de alma? Vida sem graça. Agente vai alcançando os objetivos, tudo muito bem, obrigado, mas... e essa apatia? Essa falta de vontade de... nem sei dizer o quê? Vínculo? Você pode comer sei lá quantas pessoas, se pegar com outras "x" e não sentir coisa alguma. E fica tudo sempre tãooooo igual, tãooooo igual, tãooooo mais ou menos... Às vezes eu sinto falta daquela parte de mim que, ao menos na minha lembrança, era puro destempero, puro descomprometimento... Eu cresci? Se é isso, então crescer é um saco. E essa minha conversa todinha começa é a me soar tão tola. Eu tinha escrito sei lá mais quantas linhas, mas achei melhor apagar... Acho que algumas mocinhas que já passaram pela minha vida iam ficar deprimidas!rs... O fato é que eu uso a escrita como uma tentativa de controle que sei que é estúpida, porque ninguém controla nada nunca e isso eu tô cansado de saber. Mas saber nem sempre é agir de acordo com aquilo que se sabe. Na maioria das vezes só significa atraso ou covardia. E sentir verdadeiramente qualquer coisa me assusta pra caralho. E ativa todas as estratégias de defesa em mim.
É que nem sempre a vontade de mergulhar é suficiente, às vezes você precisa é do mergulho. E naquela piscina que te assusta horrores, ou porque você acha que pode se arrebentar, ou porque você pode achar bom demais e ter medo de nunca mais sair... A verdade? Se eu tiver oportunidade de sair correndo de qualquer história que me desestruture e balance, eu vou sair correndo. Você não? Vou escrever um texto, vou botar um rótulo, vou me defender... e de quê??! (A grande merda é que nem sei se acho isso defeito. Na boa.) Hoje eu tô realista. Seco, bruto e realista. E acho q vou seguir um conselho (pasmem! meu... rs)... Há vários meses conversando com uma amiga tentando animá-la, sugeri que fizesse uma experiência... que se imaginasse nascendo em um lugar de realidade mais difícil, com uma aparência de que não gostasse, não tendo acesso às oportunidades que a vida lhe deu, não tendo sua profissão, seu emprego, sua liberdade ou o que pra ela importasse. Pedi que ela descrevesse o que ela enxergava pra mim, com detalhes. Quando ela terminou, eu disse: Agora imagine essa mulher tendo um dia de desejo concedido, um dia em que a vida dela pudesse mudar pra melhor e ela pudesse ser... VOCÊ! É isso. Acho que as vezes a gente dá murro em ponta de faca. A vida não é tão complicada quanto parece na maioria das vezes... e se a nossa maior dor de cabeça é o tédio, convenhamos, então a gente não tem porra de dor de cabeça nenhuma. Aquele homem que eu imaginei lá atrás na minha brincadeira está aqui querendo aproveitar essas 24 horas em que terá a oportunidade incrível de ser a minha pessoa! rs... e eu vou levar ele pra dançar. De repente... fiquei a fim de mim mesmo.

quinta-feira, 3 de março de 2011

"
Esse post me fez (re)pensar em como eu gostaria de ter alguém na minha vida. Estudos, trabalho, rotina...Tudo isso cansa e se torna inútil se você não tem 'aquela' pessoa pra compartilhar tudo, pra estar com você e pra te aceitar tanto quanto você se aceita...Não sei, talvez eu esteja dizendo isso porque ultimamente tenho estado muito cansado e preciso muito de um carinho sincero no final do dia. Mas a vontade que dá, é de sair por aí e perguntar aleatoriamente: 'É você?' e torcer pra ouvir como resposta: 'Sim'.
"

Se está lendo isso é porque eu realmente tive coragem de enviar. Então, bom para mim! Você não me conhece muito bem, mas se deixar, verá que tenho tendência a falar que não tenho dificuldade para escrever, mas isso... isso é a coisa mais difícil que já tive que escrever. Não há maneira fácil de dizer, então vou falar logo. Conheci uma pessoa. Foi um acidente. Eu não estava à procura e não estava preparado. Foi uma tempestade perfeita. Ela falou algo, eu também. Quando vi, queria passar o resto da minha vida nessa conversa. Agora estou com a intuição de que ela pode ser a mulher certa. Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica. Uma grande dose de manutenção necessária. Essa é a boa notícia. A má é que não sei como ficar com ela nesse momento. E isso assusta pra caralho. Porque se não ficar com ela agora, sinto que nos perderemos. O mundo é grande, mal, cheio de reviravoltas. As pessoas costumam piscar e perder um momento. O momento que poderia mudar tudo. Não sei o que está acontecendo entre nós, e não posso dizer por que você deveria gastar um pouco de fé em alguém como eu.
Mas como seu cheiro é bom, como o lar! E faz um ótimo café, isso tem que valer alguma coisa.



E porque eu tenho esse lado meu romântico que briga e acredita, mas tbm se esconde e foge, quando eu assisti àquela cena me identifiquei de um jeito... eu não sinto aquilo ainda, mas ah... como eu gostaria! Como eu eu gostaria de ter aquela sensação de que qualquer coisa é possível... Acho que a gente adora essa vida de solteiro, mas no fundo, bem lá no fundo, ainda quer é se achar... em alguma outra pessoa. E pode ser que dê bem errado. Mas se equivocar também não é viver?
É estranho não ser mais um menino e sim um homem. É estranho carregar nas costas todo o peso e toda a responsabilidade de toda e qualquer coisa que fizer. E já vivi tanta coisa na minha vida que quando lembro me emociono e me identifico como se fosse com um personagem desses de filme de cinema que a gente observa de longe. Algumas coisas eu lembro e admiro. Como se aquela criança lá de trás tivesse tido uma força que hoje muitas vezes nem vejo em mim. E quando eu tenho vontade de começar a ficar triste por qualquer coisa boba, eu meio que penso... "mas não foi você que viveu sozinho e superou aquilo tudo lá atrás?" É como se aquela criança me roubasse o direito de ser fraco. Lembro dos anos que passaram, da vida de estudante, das brigas compradas pelos direitos das pessoas, e pelos meus... da paixão ensandecida por aquela a quem hoje acho q nunca cheguei a amar... das redescobertas, das experiências, dos temperamentos, do receio... das madrugadas com cheiro de viagem, das gargalhadas, das discussões, da decisão. Das brigas em nomes de tantos, da decepção, da dor, do renascimento... dos medos de relacionamentos... do início do estabelecimento de padrões de defesa e proteção... da explosão. Da loucura. Se eu pudesse fazer tudo diferente, eu não tenho dúvidas... faria tudo igual. Esse homem que eu sou hoje é a soma de todas as decisões que eu já tomei na vida, as boas e as ruins, e esse homem eu super aprendi a admirar. E hoje esse narrador que escreve vem dizer exatamente... é isso aí, Everton. Você tem se saído bem... Perfeição não existe mesmo. Que nos outros 364 dias do ano, você consiga se perdoar por cada bobagem, cada desvairio, cada falha. Que consiga aceitar que ser muitas vezes um ser limitado e precário, não rouba de você a capacidade de ser um ser humano decente e incrível.

É isso... vê se entende.

Porque às vezes eu tenho certeza que quase nunca entendo. E me cobro coisas que... me ocultam mesmo é de mim... e me lembra que fragilidade também pode ser força...