domingo, 30 de junho de 2013


Eu acho que no fundo, no fundo, de uma forma ou de outra, todo mundo quer ter seu universo mexido, remexido, revirado por uma grande paixão. Ninguém gosta de solidão, ninguém nasceu para ficar sozinho. A gente pode até gostar da liberdade de horários, da ausência de satisfações ou cobranças de fidelidade, presença. Mas de solidão? Quem gosta de solidão? Ninguém gosta. Mesmo em uma fase da vida em que se brade aos quatro ventos que as prioridades são outras... quem é que consegue viver sem amor? Quem é que não anseia por aquela companhia fantástica? Aquele ombro, aquele colo, aquele beijo que enfeitiça e amolece?

É que a gente nessa cultura de quero-tudo-e-agora não consegue lidar muito bem com o "ainda não". E ATROPELA os começos, engole quaisquer processos. Depois não entende como foi que afogou uma flor porque colocou nela impaciência demais... O amor vem sempre no tempo dele e entre-meado por meios tempos. Sim, meios-tempos. Aqueles...indispensáveis para irmos construindo a auto-estima e a liberdade necessárias para fazermos as escolhas capazes de nos trazer felicidade. Aqueles, que nos preparam, que nos concedem serenidade. Aqueles que respeitam o momento da coisa.... de SER.

É que às vezes não se trata da meta final, mas do trilhar do caminho mesmo. Não da sedução pelo resultado, mas do encantamento, da leveza, da delícia de todo o percurso. Sempre acreditei em coincidências, acidentes, em destino. Acho que a gente faz a nossa própria sorte. Mas é que às vezes a sorte também tem o tempo dela. E a gente precisa entender. Cada coisa tem seu tempo. 

Por todas as possibilidades que ainda virão, por todos os recomeços, uma prece, um desejo, uma flor... Que a gente acalme nosso coração. E que ele floresça.

Amém.

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