domingo, 27 de maio de 2012

Às vezes eu me pergunto se a gente não corre tanto simplesmente porque gostaria de evitar o silêncio... interno. A pausa para as perguntas, sabe? As nossas?
Porque, no meio das atribulações de todo dia, a gente não se escuta e nem tem muito tempo pra ter algum interesse em se indagar por que motivos continua correndo, correndo, correndo mesmo sem saber exatamente para onde. Se eu tenho sempre mil novecentas e setenta e sete tarefas para cumprir, não me resta muito espaço para que eu questione a relevância de executá-las, certo?
É que às vezes é mais fácil não pensar, não ponderar e decidir. Às vezes é mais fácil manter a mente sempre ocupada pra evitar olhar pra sentimentos que são mais pungentes e urgentes. Para as coisas que a gente quer de verdade. Mais que qualquer coisa na vida.  Talvez seja o nosso medo da felicidade. O nosso medo de finalmente conseguir... cumprir a missão da nossa vida e morrer. Talvez no fundo, a gente nunca esteja preparado pra felicidade derradeira, por não aceitar que ela seja derradeira. E transitória... como a vida. Tem gente que se vicia em problemas. Tem gente que se vicia em trabalho, gente que se vicia em relacionamentos destrutivos, gente que se vicia em álcool, em compras, em drogas, em sexo ou qualquer tipo de consumo abusivo. Se a gente inventa uma big-maxi-mega complicação no meio de coisa nenhuma, arruma pra gente mesmo sempre uma lista de preocupações e afazeres que nos roubam daquele sentimento, daquela necessidade, daquela dor ou daquele estado de coisas que nos incomoda e com o qual simplesmente não temos preparo pra lidar... No fundo, acho que a gente precisa criar pra gente um sentimento de importância, de imprescindibilidade, de ilusão de que "ainda não, eu não posso partir desse mundo porque não cumpri a missão da minha vida". Texto bobo. Mas é que hoje eu decidi matar a aula e passar a noite em casa. Calado, desconectado e assistindo.  E, de repente, me dei conta da solidão que me avassala... a mesma solidão que eu simplesmente não tenho tempo pra sentir. Eu não sei qual é o seu mecanismo, nem o que ele procura ocultar. Mas talvez seja a hora de se calar pra escutar.
 
"E a gente rema, rema, rema e, sem perceber, já não sabe mais pra onde ir. Só sabe remar.

Elenita Rodrigues!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Lá fora há milhares de possibilidades de felicidade.(...) De realidade. E você eternamente trancado na porta que o mundo fechou na sua cara."

Nem sempre as coisas acontecem na velocidade que a gente gostaria, com a pessoa que a gente gostaria, do jeito que a gente gostaria... mas, "só quem tem disposição pro amor eterno é que o aceita e o vive como tal, mesmo que ele dure o tempo de um cigarro aceso. Porque é para isto que vivemos: para descobrir a eternidade que têm as coisas perecíveis: eternidade que está em nós..."
Em tempo: Quando você sentir que deve ir, vá! ... Se a gente pondera demais um mundo de receios e medos, não sente tanta coisa quanto acha que sente. Não há como se expor sem passar pelo custo da exposição. Mas se você foi e teve a impressão que ele não veio, se perceber que está indo sozinha ou porque ele não sente a mesma coisa, ou porque ele escolheu outro caminho, os sentimentos são seus e depois de um tempo eles encontrarão outro destino.... (Eu sei.)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Se uma estrela cadente o céu cruzar
E uma chama no corpo me acender
Vou fazer um pedido e te chamar
Pra o começo do sonho acontecer

Quando os dedos tocarem lá no céu
O universo vai todo estremecer
E as estrelas rodando em carrossel
Testemunhas de amor, eu e você

As batidas do nosso coração
Se acalmando depois da explosão
Quando o sol se prepara pra nascer...
Oh... sonho de amor...
As noites sabem como eu te esperei
Não conto pra ninguém
A lua sabe que eu me apaixonei
Se você é real ,porque você não vem?!
Oh... sonho de amor...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Que tipo de espécie de carência leva a gente a achar que precisa batalhar, insistir, lutar, perseverar em busca do "amor" de alguém??!  "eu amo fulano, mas do nada ele parou de me responder e"... Não foi do nada. Ignorá-la foi o jeito que ele encontrou de dizer COM TODAS AS LETRAS que não tem nenhuma consideração por você. A gente não ignora quem a gente gosta, ignora? A gente ignora as pessoas com quem a gente simplesmente não se importa. Vou repetir: a gente ignora as pessoas com quem a gente simplesmente não se importa. Pode ser bem duro de ler isso, mas SILÊNCIO TAMBÉM É RESPOSTA. Se ele se cala, diante do seu interesse, diante das suas investidas, diante dos seus sentimentos, da sua amizade, da sua atenção, ou do que quer que seja, ele não poderia te dizer de forma mais clara que ELE SIMPLESMENTE NÃO SE IMPORTA COM VOCÊ. "Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida...", já cantaram tantas vezes por aí...  Que esta experiência sirva para lhe mostrar que quando a gente aceita migalha, não pode esperar receber refeição. Quando a gente aceita migalha, não pode esperar receber refeição. Se você se comporta como uma pessoa qualquer, vão lhe tratará como uma pessoa qualquer. Se você se comporta como uma pessoa que aceita qualquer tipo de relação,  lhe darão qualquer tipo de relação. Os limites quem oferece é SEMPRE você. Em tempo: Às vezes a nossa carência faz com que a gente projete tudo aquilo que a gente gostaria de encontrar em alguém. Não perca seu tempo.

 Enquanto você ficar "cismado", emburrado, fazendo biquinho pela pessoa que só faz brincar com a sua cara, não abre oportunidade para encontrar a pessoa que você merece. Pelo amor de Deus, se abra! Não confunda amor com capricho e pare de valorizar quem não  merece.

Elinita Rodrigues

sábado, 12 de maio de 2012

Às vezes a falta de humanidade das pessoas me choca. Me choca a falta de valores, a falta de princípios, a falta de sensibilidade para se colocar no lugar do outro, sabe? Pra imaginar como a outra pessoa sente... se ela sofre, se não teve as mesmas chances que a gente, se... Eu fico bem preocupado às vezes. Porque quando a gente começa a viver em uma época em que passa a ser normal tripudiar da falta de instrução, de dinheiro, de oportunidade das pessoas, que tipo de universo a gente gera? Que tipo de futuro a gente gera?  Quando a gente começa a achar graça da DESGRAÇA alheia, quando a gente começa a achar justificada a DESGRAÇA alheia, que tipo de ser (não) humano a gente gera? Direitos humanos são direitos de TODOS os humanos, independente da classe social, do gênero, do sexo, da orientação sexual, da cor da pele, da etnia e do grau de instrução. Não, não é normal desrespeitar as pessoas. Não, não é divertido vê-las sofrendo ou sendo humilhadas. Não, nós não podemos ser ovelhas diante de leões, mas, PRINCIPALMENTE, não devemos ser leões diante de ovelhas...  Acredito que quando a gente começar a achar normal humilhar quem a gente tem poder para humilhar, vai estar perto de viver um regime. NÃO maltrate, não menospreze, não faça piada com quem tem menos poder, dinheiro ou instrução que você. Eu ainda tenho esperança, sabe? Tenho esperança de que ainda tenha mais gente boa que ruim. Que ainda exista  gente que honre o pai, que honre a mãe, que honre a família que teve, e que ainda exista gente que nenhum dinheiro ou qualquer tipo de fascínio (ou facínora) possa comprar.  E o meu lado me diz pra continuar acreditando apesar de todas as decepções... porque mil cairão à minha direita, e mais mil cairão à minha esquerda, mas Deus, Deus continuará comigo.

E Ele também pode continuar com você, sabe? Se você fizer o convite... se você fizer o convite.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Liberdade na vida é ter um amor pra se prender. A gente reclama muito da dependência, mas como é maravilhosa a dependência, confiar no outro, confiar no outro a ponto de não somente repartir a memória, mas repartir as fantasias (...) Amar é uma confissão. Amar é justamente quando um sussurro funciona melhor que um grito. Amar é não ter vergonha de nossas dúvidas, é falar uma bobagem e ainda se sentir importante (...) É aquela vontade danada de andar de mãos dadas durante o dia e de pés dados durante a noite.
Eu espero que a vida te surpreenda e que você não se prenda, não se acanhe, não duvide. Porque parte das coisas boas vem das lutas, mas a outra parte vem sem avisar. Eu desejo que os dias te peguem desprevenido, desajeitado, despreocupado. Afinal, o que não foi programado também funciona, nem toda ação inesperada merece ser descartada e algo não planejado pode vingar
Porque é estranho escrever pra quem a gente não conhece. Dá medo, e pavor, e... Porque eu não tenho mais idade de sentir fantasia... mas será que existe... essa tal dessa idade... para amar? Eu te amo e eu não sei que cara você tem... nem que idade... ou que profissão, ou que estilo...  e eu penso, e penso, e penso se eu devo mesmo escrever, ou se isso vai construir de mim uma imagem de que eu sou umbobo, surtado e maluco.  Porque eu te amo... e às vezes a minha vontade de te encontrar é tão grande que a minha ansiedade te projeta onde eu nem deveria. E eu sei que você também me pede... pra Deus, pros anjos, pro cosmos... mas é como se eu estivesse em algum lugar de coincidências estranhas e inquietantes que sempre nos mantivessem distantes...  E eu tenho o gênio difícil. E provavelmente vou te tratar mal se não te reconhecer. Vou dificultar, vou complicar, vou resistir. Mas é que na minha fantasia quando eu te encontrar eu vou saber que é você... meio como quando uma alma rara bate os olhos e reconhece de imediato a outra? E eu quero que você me cuide, e me proteja, e me guarde... de mim.  Um dia eu disse que sentia saudades de futuro e... teve gente que nem entendeu. Eu tenho... saudade de coisas incríveis que ainda não... mas irei.  Tem gente que diz que acreditar que o futuro vai ser incrível é sonho ou só esperança, eu acho que é sentimento e caminho. Direção, sabe? Fé... todo dia... de que existe uma coisa, um plano, um destino que é muito maior que a gente, que a gente não controla e que é, por isso mesmo, incrível. Eu tenho fé. Na vida, em Deus, nas pessoas. No planeta. No amanhã. Eu escolho que a vida vai ser incrível, porque ela já é ... :) Mesmo que ainda não.
 
Elenita Rodrigues

sábado, 5 de maio de 2012

Há um tempo venho pensando e refletindo muito sobre todas essas intensidades que fazem parte de mim. Tenho um melhor amigo que considero um irmão do qual sempre quis ter, sou arrodeado de varias pessoas que seguem uma linha de instabilidade, as vezes me fazem bem outras nem tanto e assim sigo como se fosse algo normal(sera que é?), uma familia um pouco desestruturada que nunca procuraram saber sobre nada do que desrespeito a minha vida pessoal, deixando a vaga ideia de que estão ali só pra dizer que foram minha base. Sensivel, carente, intenso, humano, e com muito amor pra entregar alguém continuo vivendo momentos que vão do céu ao inferno em segundos. Venho percebendo que para estar do lado de alguém tenho que virar as costas pra outro alguém e isso nem me alegra como alguns andam pensando. Ontem quando percebi que talvez minha vida vinhessse a mudar fui jogado na parede por uma serie de acontecimentos que me fizeram enchegar que desapegar nunca foi e nem sera oq ue quero de verdade. Quero poder conciliar tudo o que der pra conciliar sem arrumar desculpas ou se preocupar com o que andam pensando e achando de mim e de minhas atitudes. Passo momentos com meu melhor amigo que hoje em dia raras são as pessoas que sonham em ter, cumplicidade e FIDELIDADE ao que construimos é a nossa base e ontem isso foi colocado a prova quando não pude estar em um momento chave do qual minha presença foi sentida. Hoje depois de algumas decisões tomadas visando meu futuro quero ser bem objetivo e claro: Eu quero ser feliz e agora pra valeeeeer!
As pessoas não erram porque querem.
Elas erram porque não sabem fazer certo...



Tenho refletido muito sobre muita coisa, e algumas coisas têm se tornado claras pra mim... Seguir nossa alegria, escutar nosso coração. Desapegar. Já perceberam que quando uma pessoa faz o que gosta e o que se identifica com todo o coração a energia que ela libera pro mundo modifica positivamente as pessoas ao seu redor? Não é a meta, é a jornada. Não é o objetivo, é o caminho. É desfrutar cada momento do caminho. Sentir como se já estivesse... sendo.

A gente coloca sempre tudo no futuro. 
(Eu coloco sempre tudo no futuro... e por quê?)



"Olhe onde você está agora. É o verdadeiro reflexo do que você foi no passado. Seja lá como queira que seu futuro seja, olhe para o que você faz... AGORA."

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Porque eu sinto sua falta desde sempre... e é o seu sonho que me mantém caminhando. O sonho de você, sabe? E é estranho sentir fantasia... sem rosto, sem corpo, sem idade, sem data. Eu sei que você vem... ah, com um sorriso nos lábios, eu sei que você vem. E eu estou pronto pra você. Mesmo que eu corra todos os dias, atrasado, entre um compromisso e outro. E eu sei que, de um jeito que nem entendo, você também deve correr.  Às vezes eu te imagino num metrô em Tóquio, ou em Londres, ou num táxi no calor escaldante de alguma metrópole brasileira. Penso se você também pensa em mim. Acho que você pensa... de um jeito que você também não sabe ou entende. Penso em como seria... e será. Outro dia eu vi num filme desses que as pessoas que se destinavam possuiam um reloginho que apitava à medida que se aproximavam... achei meio loucura, mas... torço para que os nossos relógios não passem tanto tempo em silêncio.

Te espero ontem, te espero hoje,

te espero sempre,