segunda-feira, 27 de junho de 2011

Há algum tempo algumas coisas já são bem óbvias pra mim. Se eu me comporto de uma determinada maneira e obtenho sempre os mesmos resultados me comportando assim, não posso realmente estar desejando obter nada diferente, certo? Por isso faz algum tempo parei de me relacionar com o mesmo tipinho-bonita-jovenzinha-totalmente-manipulável com quem repetidamente quebrei a minha cara nos meus últimos relacionamentos. Se escolho reiteradamente me relacionar não posso depois ficar magoado por que elas não tiveram atitudes de mulher. Isso não é absolutamente racional? Hoje pra mim é absurdamente claro que me relacionando eu preenchia um espaço que até aquele momento era mais importante e mais latente. Sempre gostei do poder. A gente têm sempre uma tendência a repetir os mesmos padrões de comportamento, por isso muitas e muitas vezes acaba se envolvendo com os mesmos perfis de pessoas como se procurasse alguma espécie de redenção... TRADUZINDO: Se você encontra sempre o mesmo tipo indecisa-pistoleira e se sente imensuravelmente atraído e encantado por ela, não pode se encontrar surpreendido quando for abandonado (ou chifrado)... DE NOVO. Nada contra você ser abandonado ou chifrado de novo. Cada um tem o seu processo, vai saber qual é o seu.
Mas... que fique escrito. Ser bonzinho é diferente de ser banana. Ser sensível é diferente de ser idiota. Quantas vezes você vai precisar tomar na cara para simplesmente poder perceber?!

 Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha. Amizade também, todas as formas de amor...

*
Amor serve é para melhorar a vida da gente...

... se não melhorar, é doença, obsessão, necessidade de masoquismo pra se sentir importante. E só.

Amor pra mim é isso aí... Se eu simplifico? Ah, claro que eu simplifico. Não sou psicólogo, não estudo nem ganho nada com isso. Escrevo porque me dá tesão, me dá na telha, me incita, movimenta, transborda... É pensamento, devaneio, sentimento. Rascunhos De mim.

domingo, 26 de junho de 2011

E eu estava procurando um texto pra dizer sei lá o quê? =) ... Vi aquela cena no filme e fiquei feliz bem lá dentro. É uma bobagem se emocionar com cinema, música, diálogo ou literatura? Se for, eu sou bobo e quero SIM amar de verdade alguém que mereça... e ser amado em retorno. Isso parece irreal ou surreal pra você? Quem nunca leu um livro e só fez interpretação superficial do título ("A pessoa ideal e outras conversas") deve achar que eu acredito em contos estilo Cinderella. Eu acredito é em amor, e se você não leu o livro ainda, o que naquele texto é que o amor é uma escolha. escolha de viver alguma coisa verdadeira com alguém. A minha mulher ideal (e vai saber... a sua) não é aquela que tem a vida assim ou assado, o corpo y ou z, o emprego a ou b, ou a conta bancária de dígitos n. Hoje eu nem ia escrever. Mas fiquei com aquela cena do Forrest.... não é preciso ser muito inteligente pra saber que quando a gente sente, a gente sente... APESAR DE

"Eu sei que eu posso não ser muito esperto, mas eu sei o que é o AMOR..." (Forrest Gump)

" Os mais insensíveis podem dizer que isso é coisa de senhor senil... mas para mim e tantos outros? Isso é amor... Aposto que a vida deles não foi fácil, nem fábula de romance de Cinderella, mas o casal que eu cresci vendo se respeitar e se amar é o que me inspira até hoje...

Então digo claramente que não vou pedir desculpas porque não estou a fim de viver relações mais ou menos. Eu consigo ser superficial, orgástico, meramente sexual se quiser, mas sinceramente? Não estou mais a fim. Eu consigo estabelecer uma relação afetiva bem morna que cumpra seu papel social mesmo que me embeba de tédio, mas sinceramente? Não estou mais a fim. Pode ser que eu acorde amanhã e mude de ideia (não sou parede, não nasci planta, sou um ser humano... e me dou de presente o direito de ser inconstante se eu quiser), mas hoje? Não estou mais a fim...
[Mas quem sou eu pra julgar? O que é certo pra mim pode ser absurdo ou errado para outra pessoa, eu não julgo ninguém... "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é." E cada um paga um preço...]
 
"Eu não sei se cada um de nós tem um destino, ou se nós estamos todos voando acidentalmente por aí como uma brisa, mas eu, eu penso que talvez sejam os dois. Talvez os dois estejam acontecendo ao mesmo tempo. Eu sinto sua falta. E se houver qualquer coisa que você precise, eu não estarei longe de você."

sábado, 18 de junho de 2011

"Quero fazer uma homenagem aos excluídos emocionais, os que vivem sem alguém para telefonar no final do dia, os que vivem sem alguém com quem enroscar os pés embaixo do cobertor. São igualmente famintos, carentes de um toque no cabelo, de um olhar admirado, de um beijo longo, sem pressa pra acabar. A maioria deles são solteiros, os sem-namorado. Os que não têm com quem dividir a conta, não têm com quem dividir os problemas, com quem viajar no final de semana. É impossível ser feliz sozinho? Não, é muito possível, se isso é um desejo genuíno, uma vontade real, uma escolha. Mas se é uma fatalidade ao avesso – o amor esqueceu de acontecer – aí não tem jeito: faz falta um ombro, faz falta um corpo. (...) A boa notícia: você não é um sem-trabalho, sem-estudo e sem-comida – é apenas um sem-paixão. Sua exclusão pode ser temporária, não precisa ser fatal. Menos ponderação, menos acomodação, e olha só você atualizando sua carteirinha. O clube segue de portas abertas."

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Eu já passei da idade de ter um tipo físico de uma mulher ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranha (bem estranha). Tivesse um figurino perturbada. Gostasse de musica romântica mais que tudo, mas confesso que muita coisa mudou. É, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece a mulher. Começa, aos poucos, a admirá-la. A achá-la foda. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual a um pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ela entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é diferente). Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ela vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ela não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez. Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçado sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas. Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e meus futuros livros iriam pra seção B da auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, caramba! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesmo que não tinha acontecido. Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrão. Amor é reconstrução.É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios. Demorei anos pra concordar com meu querido  Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio! Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor é para os puros e fortes.
Porque o real do ciclo seco são ações, não pensamentos nem imaginações. Tanto que, visto de fora, não é visível nem identificável. Não se confunde com “depressão”, quando você deixa de fazer o que devia, ou com “euforia”, quando você faz em excesso o que não devia. Em ciclo seco faz-se exatamente o que se deve ou não, desde escovar os dentes de manhã ou beber um uísque à tardinha, mas sem prazer. Nem desprazer: em ciclo seco apenas se age, sem adjetivos. A propósito, ciclo seco não admite adjetivos — seco é apenas a maneira inexata de chamá-lo para que, dando-lhe um nome, didaticamente se possa falar nele. Ciclo seco, por exemplo, não se interessa por nada. Pior que não ter o que dizer, ciclo seco não tem o que ouvir, compreende? Ciclo seco é incapaz de se distrair, de se evadir. Fica voltado para dentro o tempo todo, atento a quê é um mistério, pois que pode um ciclo seco observar de si mesmo além da própria secura, se não há sequer temporais, ventanias, chuvaradas? Nesse sentido, ciclo seco é forte, porque nada vindo de fora o abala, e imutável, porque de dentro nada vem que o modifique.”

P.S.: “É preciso acreditar que passa, embora quando dentro dele seja difícil e quase impossível acreditar não só nisso, mas em qualquer outra coisa.”
Eu sempre achei que o amor, que o grande amor fosse incondicional. Que quando houvesse um grande encontro entre duas pessoas tudo pudesse acontecer. Porque se aquele fosse o grande amor, ele sempre voltaria triunfal. Mas nem todo amor é incondicional. Acreditar na eternidade do amor é precipitar o seu fim. Porque você acha que esse amor agüenta tudo, então de um jeito ou de outro você acaba fazendo esse amor passar por tudo. Um grande amor não é possível e talvez por isso, é que seja grande, para que nele caiba o impossível.”
Vai em frente EVERTON, se joga, se perde, se encontra, abraça o mundo, há tantos caminhos, tantas coisas bonitas espalhadas por ai, pelos cantos, e o que a gente não pode fazer é esperar, então continua, vai caminhando, voando, do jeito que se sentir bem, até chegar aonde você quer. E quando chegar, invente outro caminho, ficar no mesmo lugar, nunca foi tão chato.
Todo esse tempo de dor que eu passei andando por aí, todo esse tempo que eu tentei gritar a palavra amor bem alto pra ver se me convencia de uma vez do significado implícito nessas quatro letras. Esfregando na cara das pessoas as coisas boas que eu tinha, mas não conseguia mostrar. Até que o tempo enfim foi me vencendo, sob o olhar condescendente das pessoas que eu mais detestava. É bom reconhecer que todo esse sofrimento n foi em vão, porque não existe vida quando a gente está triste e só e ninguém quer saber de quem está por baixo. Não vale a pena sofrer meu amor, de tudo o que eu passei, essa foi a única lição